Crise na Fecomércio ameaça 49 mil alunos do Sesc e Senac

Presidente da Fecomércio, Wilton Malta fala em ‘série de ataques’
Uma bomba de efeito maligno foi implantada no coração da rede que beneficia mais de 49 mil alunos e realiza 30 milhões de atendimentos por ano em Alagoas. O Sistema Fecomércio/Sesc/Senac é alvo de ataques que podem provocar os efeitos de um atentado terrorista, com reação em cadeia nas áreas de Formação Profissional, Educação, Saúde, Cultura e Lazer no Estado.

Com saliva na boca e olho grande no orçamento de R$ 70 milhões por ano, um grupo político arfa sedento pelo poder. Em meio ao tsunami de denúncias, uma manobra jurídica atua como uma espécie de cateter com veneno que pode impedir o fluxo sanguíneo e afogar de vez o sonho de multidões que dependem destes serviços para melhorar de vida.

O circo armado por certa trupe de artistas começou a pegar fogo após decisão da juíza Maria Valéria Calheiros. De uma canetada só, a excelentíssima magistrada mandou afastar toda a diretoria da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio), do Serviço Social do Comércio (Sesc) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac). São mais de vinte gestores, em cargos de confiança, com uma expertise toda particular. O sistema ficaria acéfalo, com mais de mil funcionários às cegas, no meio do tiroteio suicida.

Em nome do que é Direito, o egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Alagoas (TJAL) acionou os extintores da lei para apagar o incêndio antes que fosse tarde. O presidente do TJ, desembargador Washington Luiz, suspendeu a decisão de primeira instância.

“É mais prudente a manutenção da direção atual até a análise da matéria pelo relator, que pode, inclusive, manter ou não o efeito suspensivo, do que desencadear alteração no quadro de dirigentes, gerando insegurança para as atividades da instituição”, observa o desembargador.

Mesmo assim, a bagaceira já está feita e deixa um rescaldo perigoso, com iminente ameaça de explosão. O detonador foi acionado a partir de uma Ação Civil Pública movida por um cidadão só, Hudson Medeiros, que litiga pelo cargo de vice-presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos (Sincofarma). O alvo maior é o presidente da Fecomércio, Wilton Malta, com toda sua Mesa Diretora, conselho fiscal, delegados representantes, além dos diretores do Sesc e Senac.

Gazeta de Alagoas