Dados atualizados pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) apontam que Alagoas registrou, entre os meses de janeiro a novembro de 2015, 42 casos de microcefalia. Os números divulgados na tarde desta terça-feira (24) mostram um grande crescimento nos registros. Nessa segunda-feira (23), eram 18 casos notificados.
De acordo com o relatório da Sesau, os novos números divulgados foram atualizados ao longo desta terça-feira (23), com base em notificações ocorridas em Maceió e no interior do estado.
Foram registrados 15 casos na cidade de Maceió; quinze no município de Santana do Ipanema; três em Palmeira dos Índios; dois em Delmiro Gouveia; e um na cidade de Arapiraca. A secretaria havia registrado três casos intrauterinos, identificados a partir de exames.
Diante do casos, a secretaria recomendou que as gestantes mantenham o acompanhamento e as consultas de pré-natal, com a realização de todos os exames recomendados pelo médico. O Ministério da Saúde reforçou a importância do não consumo de bebidas alcoólicas ou qualquer outro tipo de drogas. Outro ponto que foi alertado pelas equipes médicas dizem respeito a evitar contato com pessoas com febre ou infecções.
Uma das hipóteses consideradas pelo Ministério da Saúde é a ligação da microcefalia com as ocorrências do Zika vírus em gestantes. Contudo, ainda não há casos na medicina que comprovem a relação, apesar de pesquisas, entre elas, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), constatarem a presença do genoma do vírus em mães que tiveram bebês com microcefalia.
Confira a nota na íntegra
A secretaria de estado da saúde (sesau) informa que as notificações recebidas pelo cievs/al, por parte dos municípios, até o fim da manhã desta terça-feira (24), dão conta do registro de 42 casos de microcefalia em alagoas. Esses casos são referentes ao período de 1º de janeiro a 24 de novembro de 2015, incluindo os 3 casos existentes antes da implantação da notificação imediata, sendo:
· 15 informados por serviços da capital;
· 15 informados por serviços de santana do Ipanema;
· 3 informados por serviços de palmeira dos índios;
· 2 informados por serviços de Delmiro Gouveia
· 1 informado por serviço de arapiraca
·3 casos intrauterinos, identificados a partir de serviços que realizam ultrassonografia, sendo um de arapiraca, um de Canapi e um de Girau do ponciano.
A sesau esclarece, ainda, que o ministério da saúde estabelece como caso de microcefalia para efeito de investigação:
- recém-nascido entre 37 e 42 semanas de gestação, com perímetro cefálico aferido ao nascimento igual ou menor que 33 cm;
Ou
- recém-nascido com menos de 37 semanas de gestação, com perímetro cefálico aferido ao nascimento com 2 desvios padrão abaixo da média da normalidade.
Quanto a investigação dos casos, a sesau informa que:
O ministério da saúde recomenda que, a partir do dia 19/11/2015, a ocorrência de microcefalia que se enquadra na definição de caso preconizada, seja registrada oportunamente no formulário de registro de eventos de saúde pública referente às microcefalias (resp - microcefalias), no endereço www.resp.saude.gov.br.
Todos os casos notificados que cumprirem a definição de caso suspeito de microcefalia deverão ser investigados para identificação da ocorrência de alteração do padrão de microcefalia em nascidos vivos.
