Alagoas tem 25 casos registrados da Síndrome de Guillain-Barré

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) informou, por meio de nota técnica divulgada nesta terça-feira (15), que já são 25 casos da Síndrome de Guillain-Barré registrados em Alagoas. Transmitido pelo mosquito Aedes Aegypti, o Zika Vírus pode ser o responsável pelo recente aumento do número de casos da Síndrome de Guillain-Barré e da microcefalia.

“Transmitido pelo mosquito aedes aegypti, o zika vírus pode ser o responsável pelo recente aumento do número de casos de microcefalia e da Síndrome de Guillain-Barré (SGB). Com essa suspeita, o Ministério da Saúde (MS) determinou a notificação imediata da microcefalia. Em relação à SGB, não existem dados epidemiológicos específicos para o Brasil e nem para Alagoas, porque não é uma ocorrência de notificação compulsória”, diz um trecho da nota, ao esclarecer que a “síndrome neurológica não é nova. Mas a suspeita da sua associação com o zika vírus, sim”.

Os casos são de pacientes de Maceió, Arapiraca, Atalaia, Palmeira dos Índios, São Miguel dos Campos, Penedo, Coruripe, Rio Largo, Santa Luzia do Norte, Major Izidoro, Messias e Olho d’Água das Flores. Os casos foram captados após pesquisas junto a unidades hospitalares de Maceió. Conforme nota técnica do Centro de Informação Estratégica em Vigilância em Saúde da Sesau (Cievs/Sesau), dos 25 pacientes, 16 são do sexo feminino e nove masculino.

A Sesau explicou que os pacientes tiveram atendimento inicial no Hospital Escola Hélvio Auto (HEHA) ou no Hospital Geral do Estado Dr. Osvaldo Brandão Vilela (HGE), ambos dispõem de Núcleo Hospitalar de Epidemiologia (NHE).

Sintomas e tratamento - A síndrome de Guillain-Barré é uma doença neurológica, de origem autoimune que acomete primordialmente a mielina da porção proximal dos nervos periféricos de forma aguda/subaguda. Provoca fraqueza muscular generalizada e, em casos mais graves, pode até paralisar a musculatura respiratória, impedindo o paciente de respirar, levando-o à morte. A SGB é a maior causa de paralisia flácida generalizada no mundo, com incidência anual de 1 a 4 por 100 mil habitantes e pico entre 20 e 40 anos de idade.

O diagnóstico da SGB é feito, primariamente, de forma clínica, a partir da observação e análise dos sintomas, com a complementação de exames laboratoriais que comprovem a impressão médica e exclua outras causas possíveis para a fraqueza ou paralisia muscular. Ainda não há cura específica para a doença. O tratamento é focado no combate aos sintomas e minimização dos danos motores, com injeção de imunoglobinas e plasmaférese.

Fonte: Cada Minuto