Oftalmologista orienta sobre cuidados com a visão durante a infância

Texto e fotos: Neide Brandão

Muitas crianças passam a maior parte do tempo assistindo televisão, usando computadores, tablets e smartphones. Um divertimento que pode ocasionar o aparecimento de doenças oculares bem cedo, logo na infância. Segundo Nairo Freitas Júnior, oftalmologista do Hospital Geral do Estado (HGE), já existem pesquisas que vem analisando a questão.

“Não tem nada comprovado ainda, mas estudos ligam o uso prolongado, muitas vezes antes dos cinco anos, ao aparecimento da miopia. É salutar que se minimize a utilização desses aparelhos nessa idade. Crianças devem brincar, correr, gastar suas energias, não ficar sentada ou deitada só assistindo ou jogando”, enfatizou o profissional.

De acordo com o especialista, alguns cuidados devem ser tomados, ainda na infância, para prevenir o surgimento de doenças oculares, como o teste do olhinho, por exemplo, que deve ser feito logo após o nascimento. “A partir de então, a criança deve ser levada a um oftalmopediatra anualmente; existem várias doenças na infância que se não diagnosticadas corretamente terão uma repercussão para o resto da vida”, contou.

Vida escolar - Quando a criança está na idade escolar, o uso dos equipamentos eletrônicos pode ocasionar fadiga, dores de cabeça e déficit de atenção. O especialista também orientou sobre os cuidados com lápis e canetas. Segundo ele, o HGE recebe muitos pequenos com traumas oriundos desses objetos. 

“É uma fase de curiosidade. Uma brincadeira na escola ou em casa, com esses objetos, pode ocasionar uma perfuração perigosa. Crianças devem estudar e brincar sempre com supervisão de um adulto”, alertou.

Nairo Freitas Júnior também orientou os pais e familiares a evitarem a proximidade das crianças em ambientes de construção civil. “São os atendimentos mais graves que recebemos no hospital. As queimaduras por álcali (cal, cimento, entre outros) deixam sequelas sérias. Nada de deixar nossos filhos brincarem próximos a esses produtos de construção”, completou o oftalmologista.