Alagoano começa o novo ano com poder de compra reduzido

Dezenas de itens essenciais à manutenção da vida pessoal ou familiar do alagoano tiveram ajustes elevados ou elevadíssimos, superando tanto a previsão de meta inicial de inflação de até 6,5%, estimada em janeiro, como também a registrada no início de dezembro, de mais de 10%. 

Ao imaginar a perspectiva de elevação dos preços em 2016, o cidadão não esquece do quão penoso foi constar que, entre janeiro e novembro de 2015, sua renda perdeu poder de compra por causa do dragão inflacionário.

“Do ponto de vista econômico, não vou ter saudade alguma de 2015”, confessa Gilvan Sinésio, o matemático responsável pela tabulação dos preços de mais de 50 itens (produtos e serviços) a partir dos quais se calcula o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), em Alagoas. 

“Mudei meus hábitos, cortei as sessões de cinema e reduzi drasticamente as refeições fora de casa”, reforçou o servidor público acostumado à elevação de preços, mas não no ritmo registrado este ano.

O litro da gasolina (veja box abaixo), por exemplo, sofreu reajuste de 19,15% este ano, razão pela qual produtos dependentes de transporte para chegar ao consumidor também foram reajustados. A tarifa de água/esgoto e a de energia elétrica subiu 29,58% e 10%, respectivamente.

O botijão de gás ficou 7,07% mais caro, de acordo com o levantamento da Secretaria do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag). Quem não tem casa própria também sentiu o “peso” da inflação: os aluguéis ficaram 10% mais caros.

O campeão da carestia, com elevação de 98,39%, é a passagem aérea entre Maceió e São Paulo, motivo pelo qual muita gente não conseguiu viajar à região Sudeste, para, de lá, chegar a outros destinos. Na vice-liderança, apareceu a cebola. Dependente de transporte para chegar ao supermercado e à mesa do trabalhador, subiu 67,21%.

Gazeta de Alagoas