O setor leiteiro conquistou espaço importante na economia e
produtividade em Alagoas. Atualmente, o segmento é o segundo que mais
gera emprego e renda no Estado, alcançando o titulo de mais competitivo
do Nordeste, com o maior preço pago pelo litro de leite aos pequenos
produtores, R$1,14.
Com novos recursos aportados, isenção de ICMS concedidas e o Programa
do Leite fortalecido, o Governo de Alagoas garantiu a continuidade da
produção de 80 mil litros de leite para famílias do Estado.
Foi entendendo a necessidade de impulsionar os resultados do pequeno
produtor, que uma série de medidas foram adotadas, a fim de diversificar
e dar ao setor mais possibilidades de inserção no mercado.
Ao todo, são 4.032 pessoas cadastradas pela Cooperativa de Produção
Leiteira de Alagoas (CPLA), diferentes comunidades de 102 municípios
atendidas pelo programa e mais de 39 mil estabelecimentos/
microempreendedores declarados como pequenos produtores de leite na
região.
“É uma atividade fascinante. O Governo de Alagoas abraçou a causa do
pequeno produtor e estamos vivendo um momento de verdadeira mudança para
a cadeia do leite. Reforçamos nossos projetos, demos mais
possibilidades para os trabalhadores envolvidos e, sobretudo,
conseguimos, depois de 15 anos de tentativa, a isenção de impostos.
Todas essas ações deixaram o segmento mais competitivo e relevante,
atraindo, inclusive, novas empresas para o Estado”, destaca o presidente
da CPLA, Aldemar Monteiro.
Reabertura da CPLA - A reabertura da unidade de
beneficiamento de leite da Cooperativa de Produção Leiteira de Alagoas
(CPLA), a antiga fábrica Camila, na cidade de Batalha, é outro grande
desafio enfrentado pelo Estado em 2016.
Uma vez finalizada, a fábrica deverá processar 160 mil litros de
leite diariamente. Para isso, novos equipamentos serão entregues e, como
consequência, o preço do leite será regulado de forma definitiva em
Alagoas.
Com previsão de inauguração ainda para o primeiro semestre deste ano,
segundo Monteiro, a unidade da CPLA vai assegurar mais autonomia de
produção aos cooperados.
À frente da coordenação de toda a logística do programa, o pequeno
produtor de leite ganha um espaço próprio, não dependendo mais das
indústrias de outros estados para atender à demanda de exportação e
comercialização do produto.
Dialogando diretamente com o setor, o governador Renan Filho, lidera as ações de incentivo ao fortalecimento da cooperativa.
“O Estado de Alagoas tem dado todo o apoio para que os produtores de
leite cresçam e conquistem maior representatividade. Em contrapartida,
vamos cobrar destes trabalhadores o pleno funcionamento da unidade da
CPLA, com produção de alimento para atender o entorno do Canal do
Sertão, em volume adequado para a população”, afirma o chefe do
Executivo.
Paralelamente às atividades de fomento à produção dos cooperados, as
medidas do governo estadual aquecem o mercado da agricultura familiar e
passam a ter importância também no desenvolvimento do agronegócio.
Somado a maior geração de emprego e renda, a reativação da antiga
fábrica Camila reforça as ações da cadeia produtiva, permitindo a maior
circulação de renda do segmento em Alagoas.
“Estamos muito focados na intensificação produtiva de todos os
cooperados. Queremos ampliar e possibilitar que a demanda excedente seja
incorporada pela nova unidade da CPLA, entrar no mercado privado por
meio de produtos com inovação tecnológica, assegurando uma espécie de
âncora para o segmento, estocar o leite e transformá-lo em pó, por
exemplo. Ao final, o projeto deverá beneficiar cerca de 10 mil
produtores em todo o Estado”, explicita o diretor Aldemar Monteiro.
Fortalecimento das cadeias - Com o objetivo de unir
duas importantes cadeias produtivas em Alagoas - da cana de açúcar e do
leite - o Governo do Estado, por meio da Secretaria da Agricultura,
Pecuária, Pesca e Aquicultura (Seagri), autorizou a compra de 9.200
toneladas de bagaço de cana.
A articulação, realizada junto com a Cooperativa dos Produtores
Rurais do Vale de Satuba (Copervales), permite aos trabalhadores rurais
do Sertão e Agreste alagoanos alimentarem seus rebanhos durante o
período de estiagem.
Iniciada no inicio deste ano, a entrega gradativa do bagaço de cana
atua como garantia à sobrevivência dos animais e um alívio aos mais de
quatro mil cooperados de leite criadores de gado.
Para o desenvolvimento do projeto, o Governo de Alagoas destinou
R$900 mil em recursos do Fecoep (Fundo Estadual de Combate e Erradicação
da Pobreza).
A distribuição das nove mil toneladas de bagaço de cana vem para
ajudar a manter o homem no campo e garantir sua produção. Além de dar
continuidade ao equilíbrio da alimentação do animal, ligando duas
cadeias importantes do Estado e amenizando o problema da seca no Sertão,
a ação dá maior oportunidade para o pequeno produtor.
Agência Alagoas