Traçar um diagnóstico do grau de aprendizagem dos estudantes alagoanos e apontar estratégias e soluções para sanar dificuldades e alcançar melhorias. Instituído por meio da portaria 4.948/2015, no Diário Oficial do Estado (DOE), do dia 23 de dezembro de 2015, o Índice de Desenvolvimento da Educação de Alagoas (Ideal) visa ser um instrumento de monitoramento e diagnóstico da qualidade da educação nas escolas públicas alagoanas, servindo de subsídio para a elaboração de intervenções pedagógicas e políticas educacionais.
“A meta é superar os índices negativos registrados no promover a melhoria da qualidade do ensino público em Alagoas, da creche ao ensino médio. Nosso Estado precisa superar os indicadores negativos na área educacional, registrados nos últimos anos pelo Atlas de Desenvolvimento Humano e do PNUD”, destaca Cheila Vasconcelos, supervisora de Estatística e Avaliação Educacional da Secretaria de Estado da Educação (Seduc).
O índice servirá como um indicador de desempenho da Educação de Alagoas, sendo observadas as peculiaridades de cada escola, ano a ano, para se chegar a um índice geral do Estado, que no modo geral é o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica do Brasil (Ideb).
“É através desse diagnóstico e acompanhamento que tentaremos chegar ao objetivo geral do Brasil, que é a meta 6,0 no Ideb”, observa Cheila.
Cálculo
O Ideal será calculado com base em dois critérios: o desempenho escolar dos alunos, mensurado por meio do Sistema de Avaliação do Estado de Alagoas (Saveal) e, mais recentemente, a Areal, avaliação de larga escala aplicada com mais de 98 mil estudantes do Ensino Médio no início de dezembro, o fluxo escolar, o tempo de aprendizagem dos alunos, calculado pela taxa média de aprovação.
“O Ideal, tem uma ligação direta para o estabelecimento de metas para o ensino médio e, de forma gradual, para que isso aconteça, a primeira ação é avaliação da aprendizagem e rendimento desta modalidade de ensino por meio da Areal”, explica Cheila.
A finalidade do cálculo do Ideal é fazer com que cada escola possa acompanhar seu desenvolvimento, seu rendimento a cada ano letivo e de forma contínua. O objetivo é estabelecer um diálogo entre a escola e o Ideal, indicando seus índices para análise das fragilidades e virtudes.
Para o Ideal, a avaliação será iniciada com o ensino médio, sendo posteriormente incluídos os anos iniciais (1º aos 5º anos) e finais (6º aos 9º anos) em cada escola do Estado de Alagoas, tanto estaduais quanto municipais.
Adesão
Desde a instituição do índice está aberto aos municípios a adesão ao Ideal. Há duas opções de adesão: individualmente, para cada unidade escolar, em cada etapa do Ensino Fundamental e para cada ano, desde 2011 até 2025.
“Esperamos que até o final deste semestre, mais da metade dos 102 municípios alagoanos tenha aderido ao Ideal”, estima Cheila Vasconcelos, acrescentando que toda a documentação referente ao indicador está à disposição dos municípios.
Para facilitar a compreensão do instrumento e torná-lo mais acessível, foi editada uma nota técnica, uma minuta e um termo de adesão dos municípios ao Índice. “O termo de adesão é simples, basta que o prefeito e o secretário de educação do município assinem, junto com duas testemunhas, para a parceria entrar em vigor”, destaca Cheila. “O Regime de Colaboração, já existente entre a Seduc e as prefeituras, referenda essa adesão ao Índice”, acrescentou a supervisora.
Agência Alagoas