Quase metade da frota do Samu está parada em Maceió, denunciam funcionários


Funcionários do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) em Maceió denunciam a precariedade das condições de trabalho no local. De acordo com eles, diversas ambulâncias estão paradas por falta de manutenção, prejudicando o atendimento à população da capital.

Segundo apurou a reportagem da Gazetaweb, pelo menos cinco veículos, quase metade da frota, estariam fora de circulação devido a problemas mecânicos. Ao todo, Maceió conta com 12 ambulâncias nas duas bases, da Serraria e do Farol, sendo cinco de suporte avançado e sete de suporte básico.

No bairro do Farol, apenas uma avançada e três básicas estão em funcionamento, enquanto na Serraria operam uma avançada e duas básicas. Outros dois carros novos ainda estariam parados no pátio desde o último mês de novembro, aguardando somente o emplacamento. 

Os funcionários reclamam da falta de manutenção dos equipamentos, o que agrava o problema. "A situação é muito precária. Eles deixam a ambulância chegar a esse estado de quebrar antes de dar a manutenção adequada. Se dessem a manutenção periódica, não estaria desse jeito", disse um técnico de enfermagem, que preferiu não se identificar.

Ele destacou ainda que muitas vezes os profissionais são obrigados a parar a jornada de trabalho no meio. "Estava rodando com uma ambulância e de repente o ar-condicionado parou. Tivemos que parar o serviço, porque ficou impossível rodar. Ficaram de preparar outro carro, mas aí já fica um a menos rodando".

Também do quadro do Samu, outra técnica de enfermagem, que prefere não se identificar, diz que as equipes são obrigadas a se revezar devido à falta de veículos. "São quatro pessoas de plantão, que saem em dupla. Estão saindo dois e os outros ficam na base, aguardando que a ambulância volte para a próxima saída. O trabalho pra gente acabou reduzindo".

Eles denunciam que a situação vem se arrastando pelo menos desde dezembro do ano passado, prejudicando o atendimento à população e deixando lento um serviço que deveria ser prestado em caráter de urgência.

"Acontece muito de as pessoas ligarem e termos que informar que não tem ambulância disponível. Temos que esperar uma das que estão na rua se desocupar para poder atender e isso está errado. Trabalhamos em regime de urgência e não de espera", expôs o técnico de enfermagem. 

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) disse que verificaria a situação para se posicionar quanto à denúncia.

GazetaWeb.com