Os bebês diagnosticados com microcefalia têm atendimento garantido em Alagoas. Mas, para ter acesso à cada etapa do cuidado necessário ao recém-nascido com a anomalia, a coordenadora do Centro de Informação Estratégica em Vigilância em Saúde (Cievs), a enfermeira Waldinéa Maria da Silva, alerta que o fluxo de atendimento inicia com a notificação.
São três os principais casos suspeitos de microcefalia que exigem notificação compulsória. O primeiro deles se refere à gestante com exantema (mancha vermelha na pele). “Essa mulher, durante o pré-natal realizado na unidade de saúde, deve ser encaminhada para realizar a coleta de sangue na unidade sentinela”, informou a enfermeira. Essa medida visa identificar ou descartar a presença do zika vírus.
O segundo caso diz respeito a suspeita de microcefalia, durante a gravidez, por meio do exame de ultrassonografia. Nesta situação, a gestante continua o acompanhamento na unidade de saúde. Já a terceira situação que exige notificação é quando o recém-nascido é identificado com suspeita da anomalia devido à circunferência cefálica inferior a 32 centímetros, conforme protocolo do Ministério da Saúde.
“Em qualquer um desses casos, o Cievs deve ser notificado para que se dê início à investigação, bem como seja adotada a providência para o atendimento a cada situação”, ressaltou Waldineia Maria da Silva. Esse registro pode ser feito por contato telefônico (3315.2059, 9.8882.9752 ou 0800.284.5415) ou pelo e-mail notifica@saude.al.gov.br.
A primeira medida da investigação é o preenchimento do formulário de Registro de Eventos de Saúde Pública referente às microcefalias (RESP-microcefalias) por meio do sitehttp://resp.saude.gov.br. Depois disso, o Estado entra em contato com o município de residência do recém-nascido para agendar o exame de tomografia no Hospital Geral do Estado (HGE) e, posteriormente, a consulta com o pediatra para concluir a avaliação.
Quando a avaliação aponta que não há anomalia, a criança passa a ser acompanhada pelo pediatra durante os três primeiros anos de vida, no próprio município de origem. Nos casos em que a microcefalia ou outra anomalia é confirmada, a criança é encaminhada aos Centros Especializados em Reabilitação (CERs).
Casos confirmados
Os 117 laudos disponíveis até o último dia 22 de fevereiro de 2016 confirmaram 38 diagnósticos de microcefalia e 76 resultados dentro da normalidade.
Agência Alagoas