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Autor do atentado em Londres é britânico e já tinha sido investigado

A primeira-ministra britânica, Theresa May, afirmou nesta quinta-feira (23) que as forças de segurança já tinham investigado o autor do ataque em Westminster, em Londres, por conexão com atividades terroristas. O agressor, que foi morto pela polícia, é britânico.

"O que posso confirmar é que o homem é britânico e que há alguns anos ele foi investigado pelo MI5 em relação a preocupações sobre extremismo violento. Ele era uma figura secundária. Ele não fazia parte do atual cenário da inteligência", declarou May no Parlamento, que retomou as atividades nesta manhã após o ataque que deixou quatro mortos e 40 feridos na tarde de quarta-feira (22).

A premiê também afirmou também que o terrorismo não prevalecerá e estimulou o país a continuar suas atividades cotidianas e defender os valores britânicos em resposta ao ataque. "Neste momento é importante mostramos que são os nossos valores que prevalecerão, que os terroristas não ganharão", disse, segundo a Reuters. "Nós não estamos com medo", disse.

A polícia investiga o atentado e acredita que ele foi inspirado pelo terrorismo internacional. Oito pessoas foram detidas em Londres, Birmingham e outras regiões do Reino Unido por suspeita de ligação com o atentando terrorista.

Segundo a agência France Presse, a polícia privilegia a pista do "terrorismo islâmico". Até o momento, nenhum grupo reivindicou o atentado.

Vítimas

A polícia divulgou apenas a identidade do policial que foi morto após ser esfaqueado: Keith Palmer, de 48 anos. O jornal britânico "Daily Mail" informou que uma das vítimas é Aysha Frade, de 43 anos. Ela ia se encontrar com suas duas filhas quando foi atingida pelo carro do agressor e lançada em direção a um ônibus.

Quarenta pessoas se machucaram no ataque - entre eles três policiais. Uma mulher, gravemente ferida, foi retirada do Rio Tâmisa. Na manhã desta quinta, 29 pessoas permaneciam hospitalizadas - sendo que sete delas estão em estado grave.

Entre os feridos estão 12 britânicos e vários estrangeiros: crianças francesas, dois romenos, quatro sul-coreanos, um alemão, um chinês e dois gregos, de acordo com a primeira-ministra.

A rainha Elizabeth II divulgou uma mensagem sobre o ataque. "Meus pensamentos, orações e minha compaixão mais profunda estão com todos os afetados por essa terrível onda de violência", afirmou.

Sem novas ameaças

Em um pronunciamento na frente da sede da Scotland Yard, Mark Rowley declarou que até o momento não foram detectadas evidências que apontem para "novas ameaças terroristas". No entanto, o Reino Unido siga em alerta.

Nesta manhã, o Parlamento retomou suas atividades e fez um minuto de silêncio em homenagem às vítimas. O perímetro ao redor do Parlamento permanece, no entanto, isolado e a estação de metrô de Westminster fechada ao público.

A ponte de Westminster, onde os investigadores continuam trabalhando, também está fechada ao público, segundo a France Presse.


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