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Coletor menstrual, como funciona e quem pode usar?


Um copinho que tem feito a diferença na vida de muitas mulheres, o coletor menstrual. Ele é reutilizável, pode durar até 10 anos e muita gente tem abandonado o absorvente por causa dele.

No Bem Estar desta quinta-feira (30), a ginecologista Helizabet Salomão explica se esta é uma boa escolha e como o coletor deve ser higienizado. Já o ginecologista Alexandre Faisal Cury fala porque cada vez mais mulheres enfrentam a endometriose, uma doença que causa tanta dor e que pode ser incapacitante.

Coletor menstrual pode durar até 10 anos

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Os coletores menstruais são copinhos feitos de silicone que servem para colher o fluxo menstrual. Apesar de ainda pouco conhecido, eles estão disponíveis no mercado desde 2005.

Os copinhos são dobrados e introduzidos na vagina. Alguns estudos de comparação apontam menos vazamentos e possibilidade de menos trocas do produto em relação aos absorventes, mas há quem não goste do procedimento de esvaziar o coletor no sanitário e depois ter de lavá-lo a cada troca, além de ter de fervê-lo ao fim do uso e antes de voltar a usar. Um dos benefícios do produto se refere ao impacto ambiental, uma vez que ele pode ser reutilizado quantas vezes for preciso em um período de 10 anos. Ao longo da vida, uma mulher pode usar cerca de 10 mil absorventes.

Anvisa - No Brasil, a Anvisa anunciou que os coletores estão prestes a receber uma regulamentação para que sejam padronizados e mais seguros. Os produtos que estão no mercado não têm essa padronização.

Segundo a Anvisa, a norma deve dizer que o coletor precisa ser de material atóxico e adequado para seu uso e que não pode ter ingredientes como fragrâncias e inibidores de odor. Um alerta sobre SCT (Síndrome do Choque Tóxico) será obrigatório e ainda a frequência de remoção do produto para descarte do conteúdo menstrual.

Os fabricantes alegam que o risco de Síndrome do Choque Tóxico, (infecção grave causada pela bactéria s. Aureus, associada ao uso prolongado) não existe, mas já há descrição de um caso, segundo levantamento do Dr. Faisal. É raro, mas há pouquíssimos estudos sobre coletores, alerta que já existe para absorventes internos.

Respeitar o tempo de uso do absorvente interno ou do coletor é uma das medidas mais importantes para evitar o SCT, além de lavar as mãos antes de colocar e usar o tipo adequado para a intensidade do fluxo.

Absorventes internos e coletores não fazem o sangue ficar preso no corpo e nada têm a ver com a endometriose. A endometriose é uma doença do endométrio em que o sangue volta pela trompa e se instala em diferentes pontos da cavidade abdominal, como ovários, peritônio e intestino.

DIU - O DIU é o método anticoncepcional não-cirúrgico mais eficaz. Só é superado pelas cirurgias de laqueadura e vasectomia e tem longa duração. Pode ser usado por adolescentes, mas está contraindicado para quem tem miomas, sangramento não explicado, DST ou câncer cervical. Eventos adversos importantes são o sangramento irregular ou o aumento na quantidade do fluxo. Não dispensa o uso da camisinha.

No Brasil, hospitais e maternidades públicas passarão a ofertar o DIU de cobre para mulheres no período pós-parto ou depois de realizarem um aborto. As instituições terão até 180 dias para se adaptarem às medidas, anunciadas pelo Ministério da Saúde em 8 de março. Atualmente, o DIU é ofertado só em postos de saúde.


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