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Com objetivo de alcançar até 80 mil crianças, programa é lançado em Alagoas

Com a meta de atingir entre 60 e 80 mil pessoas em Alagoas, o governador Renan Filho (PMDB) e o ministro do Desenvolvimento Social, Osmar Terra (PMDB), lançaram, nesta quarta-feira (22), o programa Criança Feliz no Estado. A solenidade aconteceu no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso com a presença também de prefeitos. 
A iniciativa tem como objetivo promover o desenvolvimento integral das crianças na primeira infância. Ela é voltada para os inscritos no Bolsa Família e vai acompanhar semanalmente, em casa, recém-nascidos até meninos e meninas com três anos de idade, prometendo fortalecer o cuidado, a proteção e a educação. 
Segundo o ministro, a expectativa no Brasil é chegar a um milhão de crianças em 2017 e, esta semana, os municípios já receberam um repasse 45% maior no Sistema Único da Assistência Social (Suas). O governo federal também pagará os visitadores, que receberão uma média de R$ 1950. Alagoas teve uma adesão de 97% das cidades.
"O município não vai gastar nada com o programa. Aqui em Alagoas teremos milhares de visitadores, supervisores, multiplicadores. Recurso não vai faltar e queremos que Alagoas tenha o máximo de crianças possível no programa até para ser um estado de vanguarda nesse processo", afirmou ele.
Ministro Osmar Terra esteve em Alagoas para lançar o programa
FOTO: LARISSA BASTOS




















Osmar Terra adiantou que o projeto não vai visar apenas a parte alimentar ou o acompanhamento de doenças, mas deve trabalhar ainda "competências, habilidades e inteligências". Nascidos com deficiências neurológicas, incluindo os que tiveram Zika vírus, serão acompanhados até os seis anos. 
"As crianças mais pobres têm uma desvantagem em relação à criança de classe média. A mãe mais pobre tem uma gravidez com menos recursos, a criança já nasce num ambiente mais estressante, o vocabulário é menor. É importante que o início da vida seja bem estimulado e vamos acompanhar em casa essas crianças pequenas".
O governador Renan Filho reformou a importância da ação, ressaltando que ela "emancipa e dá mais autonomia as crianças brasileiras". Segundo ele, a iniciativa deve dar uma infância mais digna e com os estímulos necessários para a entrada tanto na fase escolar quanto na vida adulta.
"Queremos quebrar a perpetuação da pobreza, que é mãe pobre, analfabeta e filho mal cuidado, futuramente pobre e analfabeto também. De maneira que se tivermos mães pobres e analfabetas por erros do passado, podemos ter filhos bem cuidados e isso abre portas. Isso significa que na idade adulta ela vai conseguir melhorar sua vida", disse.
O chefe do Poder Executivo também opinou ter diminuído o trabalho infantil no Estado. "Às vezes as pesquisas levam em consideração alguns trabalhos que as famílias fazem em casa e as crianças participam, mas hoje em dia não tem mais aquele trabalho como existia antigamente em Alagoas, porque tem uma série de programas do Governo Federal que minimiza isso".
Operação
Citado na operação Lava Jato devido a doações para sua campanha eleitoral ao governo de Alagoas, Renan Filho afirmou, durante a solenidade, estar tranquilo com relação à questão, levantada após delações premiadas. De acordo com ele, as contas teriam sido aprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
"Minhas contas de campanha foram devidamente aprovadas pelo TRE e sempre pautei minha vida pela probidade na conduta pessoal e administrativa. Sou o maior interessado na mais profunda investigação, capaz de elucidar todos os fatos e também de não cometer injustiças. Acho que isso que deve acontecer nos próximos meses e estou aguardando com toda a tranquilidade".


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