Até hoje, foram relatados 27 informes de agressões físicas ou morais contra homossexuais em Alagoas. Em 2016, de acordo com o GGAL, os registros deste tipo chegaram a 84.
O presidente do grupo, Nildo Correia, informa que, das cinco mortes da população LGBT registradas em 2017, duas delas aconteceram em Maceió e as outras três em municípios do interior.
"São pelo menos três casos destes ligados a conotações homofóbicas, a exemplo do último, em Marechal Deodoro, onde o assassino confesso disse à polícia que atraiu a vítima e a matou, justificando que não gostava do jeito afeminado da mesma", expõe Nildo Correia.
Ele ainda revela que dos cinco homicídios deste ano, em três deles a polícia não conseguiu, ainda, localizar e prender os culpados. "Mesmo o Brasil estando à frente de países como o Estados Unidas na questão da garantia de direitos à população LGBT, precisamos avançar muito mais, pois ainda somos um país onde o número de crimes é crescente", lamenta.
O mês de maio está sendo marcado, de acordo com o Grupo Gay de Alagoas, por 15 dias de ativismo contra todas as formas de preconceito. A programação inclui apresentações culturais, seminário, audiência pública na Câmara Municipal e a tradicional Marcha do Orgulho LGBT em Maceió, que deve acontecer no dia 26.
Nesta quarta-feira, o Grupo Gay da Bahia (GGB) apresentou levantamento do quantitativo de pessoas assassinadas no Brasil até o início de maio e que são da comunidade LBGT. Os números mostram que foram 117 crimes até então.
O relatório, com dados de 2016, mostra que a Bahia é o segundo estado do país que mais mata pessoas LGBT por motivações homofóbicas. O primeiro é São Paulo. Somente a capital, Salvador, registrou mais de 600 atendimentos em um ano de funcionamento do Centro de Referência para essas pessoas.
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