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Estado promete recursos para manter Programa do Leite até 2019


Durante reunião nesta segunda-feira (6), o Governo de Alagoas informou que vai destinar R$ 20 milhões ao Programa do Leite para que o programa continue distribuindo o líquido para as cerca de 80 mil famílias do estado. A falta de verbas por parte do Governo Federal vinha preocupando as cooperativas leiteiras que, inclusive, já tinham deixado entregar o produto nos municípios do estado. Conforme anunciado pelo Governo do Estado, R$ 10 milhões serão destinados à manutenção do programa até dezembro deste ano. Os outros R$ 10 milhões seriam para manter as atividades até o mês de março de 2019. 

O Pró-leite beneficia mais de 80 mil famílias alagoanas de baixa-renda, sendo que 40% delas são de Maceió. São 50 mil litros de leite distribuídos por dia em todo o estado, sendo 4 litros semanais. Antes do corte de recursos, eram entregues 7 litros de leite semanalmente para cada família. 

Com o corte de recursos por parte do Governo Federal, foi criado um movimento entre as cooperativas para conversar com o Governo do Estado no intuito de garantir a manutenção do Programa do Leite. Aldemar Monteiro, presidente da Cooperativa de Produção Leiteira de Alagoas (CPLA), disse que o governador reconheceu que o programa era de grande importância para o estado e destacou que o manteria em funcionamento pelo menos até o final do ano.

"Com isso, a gente ganha fôlego para buscar em Brasília o apoio da bancada para manter o programa. Mas, a única pessoa que poderia realmente manter o Pró-leite era o governador, porque é um programa continuado e ele tem teto para colocar recurso e pagar ao produtor de leite", avaliou Aldemar Monteiro.



Representante do governo estadual na reunião, o presidente da Emater, Elizeu Rego, disse que o governo estadual deve liberar, já nos próximos dias, os R$ 10 milhões para manutenção do programa até dezembro deste ano. No final do ano, seriam liberados os outros R$ 10 milhões, que vão garantir a continuidade do programa até março de 2019.

A representante da Associação de Agricultores Alternativos (Aagra), Maria de Souza, disse que o recurso prometido pelo governo estadual vai ser suficiente para manter o Pró-leite entre as datas anunciadas, no entanto, é necessário que o Governo Federal repasse os R$ 10 milhões prometidos para o período pós-eleição.

A presidente da Cooperativa dos Agricultores Familiares do Sertão de Alagoas (Cafisa), Luciene Gadi, disse que os produtores de São José da Tapera já estão sem produzir o leite de cabra e que é imprescindível o rápido repasse do governo estadual para garantir o pagamento dos produtores que cruzaram os braços após o corte de verbas. 

Luciene Gadi conta que os produtores são, na sua maioria, pessoas de baixa renda e que a produção é a sua única fonte de renda. "Sem esse pagamento não é possível produzir. Sem receber, fica inviável continuar, já que a maioria dos produtores são de baixa renda". Ela lembrou que os produtores já ficaram três meses sem receber em outra ocasião, mas que sem essa contrapartida de agora não é possível mais dar continuidade ao programa.

Segundo a presidente da associação das mulheres do conjunto Virgem dos Pobres 1, Marilene Almeida, o bairro possui 20 associações que distribui o produto para as famílias carentes assistidas. Segundo ela, a falta de repasse ameaça a alimentação das famílias carentes daquela região. "O programa é muito importante, ele não pode acabar. Pessoas desempregadas, idosos, crianças e pessoas com problemas de saúde fazem uso do produto. Se acabar, vai ser um descaso do governo", disse Marilene.

Por: Gazeta Web