Subscribe Us


 

Infectologista alerta sobre incidência de doenças virais, como a catapora, no verão


O verão não é apenas a estação que representa sol, praia, férias e curtição. Devido ás altas temperaturas, a época é também o período mais propício para o aparecimento de algumas doenças virais. Em Maceió, a incidência de casos de varicela, conhecida como catapora tem sido recorrentes neste início de ano.
O médico infectologista Fernando Maia contou à reportagem do CadaMinuto que entre as doenças cujo número de casos aumentam neste período estão a gripe, o resfriado e a catapora, causada pelo vírus Varicela-Zoster e que é considerada uma doença infecciosa e altamente contagiosa.
Maia ressalta que “estamos falando de uma doença que muita gente acha que é uma doença leve, mas não ela pode vir de formas fortes e inclusive causar sequelas graves e a morte, principalmente em crianças pequenas, desnutridas e adultos desde que cheguem a apresentar formas agudas”.
Vacina
Apesar do Ministério da Saúde ter introduzido desde 2013 no calendário de vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS) a vacina tetravalente viral, que protege contra sarampo, caxumba, rubéola e varicela (catapora), na rotina de vacinação de crianças entre 15 meses e dois anos de idade, algumas pessoas imunizadas têm contraído a doença.
O médico explica quase 80% das pessoas que tomaram a vacina ficam imunizadas e não contraem formas graves da doença, porém, cerca de 20%, mesmo vacinadas, podem vir a desenvolver uma forma leve.
Isolamento social
O estudante universitário João Antônio (nome fictício, a pedido do entrevistado), de 18 anos, contraiu a doença neste início de ano. Ele relatou que durante o período que ficou recluso em casa, houve dois dias mais severos: “Incomodou muito, apresentei febre, cansaço, dor nos olhos, mal estar, tontura, fraqueza e coceira excessiva, e ainda tive dificuldade de engolir líquidos ou alimentos devido à catapora na garganta”.
Porém, além do mal estar físico, o estudante reforçou que “o mais incomodou foi a persistência da doença, o isolamento social, além do preconceito das pessoas que, mesmo quando estamos de alta médica, devido aos caroços e algumas feridas que demoram mais em cicatrizar, as pessoas se afastam e olham de forma estranha, isso é constrangedor demais”, comentou João.
Sem números locais
Apesar da incidência de casos, inclusive de pessoas que já foram imunizadas, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) informou que não há registros do número de pessoas infectadas pois, “segundo o Ministério da Saúde, a doença não é de notificação compulsória,  portanto as Unidades Básicas de Saúde (UBS), não fazem o registro de dados”.
Conforme dados do Ministério da Saúde, No Brasil, no período entre 2012 a 2017 foram notificados 602.136 casos de varicela. A maior incidência foi na região sul, com 199.057 casos, seguido do Sudeste, com 189.249 registros. A região Nordeste registrou 87.882 casos no período e a região Norte notificou 40.325.
A faixa etária com a maior frequência de casos notificados foi de um a quatro anos, com 227.660, seguido de cinco a nove anos, com 179.592.
Por: Cada Minuto