A ligação do apresentador Luciano Huck da Rede Globo com o
bairro do Vergel do Lago, na parte baixa de Maceió, está só começando, é que
nesta semana começou a ser veiculada na programação da emissora a chamada, que
anuncia a presença do presidente da Organização Não Governamental (ONG),
Mandaver, que atende a comunidade da beira da lagoa, Carlos Jorge Silva, em um
dos quadros mais conhecidos do Caldeirão do Huck, o The Wall.
Huck
pretende contar um pouco da história de Carlos Jorge e de como surgiu a ONG que
atende mais de 300 crianças com cultura, esporte, educação empreendedora e
geração de renda, na zona sul da cidade.
Quem
conhece o trabalho do jovem tem ciência de que o desejo de ampliar as
atividades na ONG brilha em seus olhos. “Nosso objetivo é construir um pólo
tecnológico e atender mil crianças”, destaca Carlos Jorge.
Vale
relembrar que no dia primeiro de abril, o apresentador e empresário, Luciano
Huck, disse em um artigo publicado no jornal Folha de São Paulo, que as favelas
da região do Vergel do Lago — Mundaú, Sururu de Capote, Torre, Peixe e Muvuca
—, localizadas na parte baixa de Maceió, deveriam ser visitadas por todos,
principalmente pela elite inerte deste país.
Intitulado
como ‘A Cura’, o artigo trouxe relatos de situações de famílias que vivem às
margens da linha da pobreza e que enfrentam diariamente o preconceito e a fome
no país.
Huck
destacou que ao caminhar pela orla lagunar de Maceió, o seu único registro de
ter conhecido algo semelhante a realidade daquelas famílias foi quando ele
conheceu a maior favela da capital do Haiti, a meros 40 minutos de voo da
Flórida.
“A
realidade imediata era mais grave. Meu único registro de algo semelhante
remetia à visita que fiz anos antes à Cité Soleil, a maior favela de Porto
Príncipe, capital do Haiti. Na época, saí de lá convencido de que a humanidade
não havia dado certo. Como era possível pessoas viverem naquela condição a
meros 40 minutos de voo da Flórida?”, questionou.
O
global explicou em seu texto que a maior parte da comunidade vive da cadeia
produtiva do sururu, um tipo de marisco e que o duro trabalho rende míseros R$
0,50 por quilo.
Huck
afirmou que deixou a Favela do Mundaú com a cabeça fervendo. “Ninguém pode se
sentir rico no Brasil enquanto houver tanta pobreza por aí”.
O artigo
traz ainda a informação de que poucas semanas se passaram desde a visita de
Luciano, e que agora cerca de 7.000 cidadãos das favelas de Vergel do Lago já
estão sem renda, devido ao fechamento de hotéis restaurantes que comprar o
sururu para o consumo de seus clientes. “De lá já me chegam relatos de fome e
desespero”, finalizou.
0 Comentários
Deixe aqui o seu comentário...