A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que novos casos da varíola dos macacos devem ser identificados à medida que expande sua vigilância sobre países em que a doença não é considerada endêmica.
Até o final do sábado 21, a organização já havia confirmado 92 casos e outros 28 são considerados suspeitos em doze países da União Europeia que não são considerados endêmicos para a doença. Por causa do aumento de casos, o Grupo Consultivo Técnico e Estratégico sobre Riscos Infecciosos com Potencial Pandêmico e Endêmico (STAG-IH), da OMS, vai se reunir para conversar sobre o tema. Novas diretrizes devem ser divulgadas nos próximos dias.
“O que parece estar acontecendo agora é a varíola dos macacos entrou na população como uma forma sexual, e está se espalhando assim como as infecções sexualmente transmissíveis, o que amplificou sua transmissão em todo o mundo”, afirmou David Heymann, especialista em doenças infecciosas da OMS, à agência Reuters.
A varíola dos macacos é uma zoonose viral que pode infectar seres humanos. Entre os sintomas estão: febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, linfonodos inchados, calafrios e exaustão. A erupção cutânea começa geralmente no rosto e, depois, se espalha para outras partes do corpo, principalmente mãos e pés. É endêmica em partes da África ocidental e central.
O primeiro caso na Alemanha foi detectado em um brasileiro de 26 anos que vive em Munique, capital da Baviera. Ele está isolado na Clínica Schwabing e apresenta sintomas leves. Ele passou por Espanha e Portugal antes de chegar à Alemanha. Lá, visitou Düsseldorf e Frankfurt. Autoridades vão rastrear seus passos para saber quem pode ter tido contato com o brasileiro.
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