Entenda a quais crimes poderão responder os presos pelo ataque aos Três Poderes



Os manifestantes bolsonaristas radicais presos no domingo (8) pelo ataque aos Três Poderes serão enviados pela Polícia Civil para o Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, onde aguardarão a audiência de custódia. O procedimento avalia formalidades do processo de prisão.

Eles serão enquadrados pelo crime previsto no artigo 359-M do Código Penal: o de tentar depor governo legitimamente constituído. A pena é de 4 a 12 anos de prisão. O artigo foi incluído na legislação penal por uma lei aprovada pelo Congresso em 2021. O então presidente Jair Bolsonaro (PL) vetou trechos da proposta, mas não tocou no dispositivo que agora está sendo usado contra seus apoiadores.

Mais de 400 criminosos já foram presos pelas forças de segurança após os atos de vandalismo e destruição, de acordo com a Polícia Civil. Delegados, investigadores e escrivães foram chamados ao trabalho para acelerar o processo de burocracia das prisões, como coleta de depoimentos e exame de corpo delito. Os atos estão concentrados no Complexo da Polícia Civil, em Brasília.

Advogados dos presos pleiteiam junto aos delegados para que os radicais que foram presos sem serem flagrados em atos de vandalismos sejam liberados.

Um dos extremistas presos é suspeito de ligação com o grupo que pretendia detonar um explosivo em subestação de energia de Taguatinga (DF), cidade satélite de Brasília. A informação é de investigadores da Polícia Civil do Distrito Federal.

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