O Ministério da Saúde exonerou, nesta segunda-feira (18), Alexandre Telles, que ocupava o cargo de diretor do Departamento de Gestão Hospitalar (DGH). A decisão foi publicada no Diário Oficial da União e aconteceu após horas após a primeira reunião ministerial deste ano, quando a ministra Nísia Trindade foi cobrada pelo presidente Lula (PT).
A exoneração foi considerada uma reação ao puxão de orelha do presidente, que na reunião cobrou também maior produtividade da ministra nas ações de combate à dengue. A mudança de direção ocorreu também após veiculação de uma reportagem no Fantástico, da Rede Globo, no último domingo (17), denunciando situação de sucateamento dos hospitais federais do Rio de Janeiro.
Segundo a pasta, o motivo da troca foi “necessidade de transformação na gestão do DGH”. No lugar de Telles, assume Maria Aparecida Braga, atual superintendente do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro, que vai acumular as duas funções. Além dele, foi exonerado também Helvécio Magalães, que ocupava o cargo de secretário nacional de Atenção Especializada à Saúde.
A decisão coincidiu também dia em que o Comitê Gestor, formado pelo Ministério da Saúde, começou os trabalhos de administração de seis hospitais federais no Rio de Janeiro. O entendimento é que depois de “anos de precarização” será preciso recuperar e reestruturar as unidades.
Nísia deve se reunir nesta terça-feira com o presidente no Palácio do Planalto. Na reunião de segunda-feira, a ministra chegou a se emocionar ao falar sobre as ações de combate à dengue. Ela citou também o desafio de enfrentar "um fogo amigo" no ministério. Lula havia cobrado melhorias na execução das ações contra a dengue e respostas ao cenário de crise nos hospitais federais do Rio de Janeiro.
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