O grupo técnico da Dengue e Chikungunya e a Diretoria de Vigilância em Saúde (DVS) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) divulgaram,ontem terça-feira (05), um novo boletim epidemiológico que mostra a escalada do número de casos notificados de dengue, zika e febre chikungunya na capital alagoana. O maior aumento foi o de casos de chikungunya, com 1.458 registros em 2016, contra apenas 85 no ano passado, perfazendo um acréscimo de 1.615%.
É considerado caso suspeito de febre chikungunya o paciente com febre de início súbito maior que 38,5º C e artralgia ou artrite intensa de início agudo, não explicado por outras condições. Contempla também os casos em que o paciente residiu em áreas endêmicas ou epidêmicas até duas semanas antes do início dos sintomas, além do paciente que tenha vínculo epidemiológico com caso confirmado.
Em 2016, do total de 1.458 casos notificados, 950 estão em investigação. Foram registrados, ainda, 21 casos graves, dentre os quais três foram confirmados e três descartados, com os demais ainda sob investigação. Um óbito foi confirmado e um está sob investigação.
No mesmo período de 2015, foram 27 casos confirmados da doença, enquanto 58 foram descartados. Portanto, no tocante aos casos confirmados, o aumento foi ainda maior, de 1.744%.
Dengue
Quanto à dengue, em 2016, foram registrados 2.635 casos notificados da doença, em Maceió, até a semana epidemiológica de número 25. No mesmo período de 2015, foram notificados 2.553 casos. Até o momento, foram notificados nove óbitos suspeitos de dengue - um foi confirmado no Pinheiro, enquanto sete foram descartados e um segue sob investigação. No mesmo período de 2015, foram notificados seis suspeitos e dois óbitos.
Em 2016, foram notificados 26 casos graves. Destes, um foi confirmado como dengue grave, no Tabuleiro do Martins, enquanto quatro foram descartados e 13 estão sob investigação. Foram confirmados, ainda, seis casos de dengue com sinal de alarme nos bairros da Serraria, Benedito Bentes, Gruta de Lourdes, Cidade Universitária e Santa Lúcia. Em relação à incidência de casos por Distrito Sanitário, os bairros de Pajuçara e Pontal da Barra, além do Centro, foram os apontados como os locais de maior incidência.
Incidência em gestantes do zika vírus
Em 2016, foram notificados 4.478 casos suspeitos de zika vírus. Já em 2015, foram 3.928 casos os casos notificados. No entanto, o dado que chama ainda mais a atenção diz respeito às gestantes, visto que a SMS já contabiliza 236 casos envolvendo pacientes grávidas.
E até 1º de julho, foram recebidos 82 casos suspeitos de microcefalia por infecção pelo vírus zika residentes em Maceió. Destes, 35 foram descartados e 26 confirmados como microcefalia possivelmente relacionada ao zika vírus. Não houve nenhum registro de óbito.
Índice de infestação
Já o Levantamento do Índice de Infestação Rápida (Lira), realizado de 18 a 22 de abril, mostrou índices elevados de infestação pelo Aedes aegypti nos bairros Canaã, Gruta, Jardim Petrópolis, Pinheiro, Ouro Preto e Santo Amaro.
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