O governador do Estado, Renan Filho (PMDB), informou, durante coletiva na manhã desta segunda-feira (4), no Quartel Geral da PM, que a redução dos homicídios nos seis primeiros meses deste ano em comparação ao mesmo período de 2015 foi de 1,9% em Alagoas e de 27,7% em Maceió. Por outro lado, cidades do interior apresentaram, nesse mesmo período, um crescimento do número de mortes violentas, sendo 39,7% de aumento em Arapiraca e 20% em Rio Largo.
Em todo o estado, de janeiro a junho, foram registrados 920 crimes de homicídio, enquanto que, no ano passado, foram 938. Comparando-se a 2014, a diminuição foi de 22,9%.
De forma particular, em Maceió, o número de homicídios passou de 300 para 217. A queda em relação ao mesmo período do ano de 2014 foi de 48,3%. Em 2013 e 2014, foram 854 mortes na capital, no primeiro semestre. Já no biênio 2015-2016, foram contabilizadas 517 mortes violentas. Conforme explicou o governador, a capital deve fechar 2016 com menos mortes do que o primeiro semestre de 2014 e 2013. "Os números de Maceió mostram que o caminho está correto. Só é necessário trilhar esses caminhos em outros lugares", disse o governador.
Interior
Enquanto na capital os resultados são positivos, no interior do estado a situação é preocupante, levando em conta um crescimento no número de homicídios. Na região metropolitana, mais precisamente no município de Rio Largo, o aumento do número de mortes foi de 20%, já que de janeiro a junho de 2015, foram 30 homicídios e, neste ano, 36. Mas somando 2013 com 2014 em relação a 2015 com 2016, houve uma queda de 13,2%. Em 2013-2014, foram 76 crimes. Já em 2015-2016 foram 66.
A região do Agreste também vem sendo alvo de aumento da criminalidade. Somente em Arapiraca, de janeiro a junho de 2015, foram 63 homicídios, enquanto que, neste ano, o número chegou a 88 crimes no mesmo período. O governador reconheceu ser necessário melhorar a segurança no interior, a começar por Arapiraca.
"Precisamos fortalecer a presença da Radiopatrulha [RP] e ver como vamos trabalhar com a Polícia Civil no Agreste. Esses são os próximos passos e precisamos sempre nos reinventar", disse Renan.
O chefe do Executivo também falou que é preciso colocar mais efetivo no interior e que as prefeituras precisam colaborar para manter a segurança nessas cidades.
"Estamos fazendo um esforço grande para espalhar os dados de Alagoas e Maceió para todo o estado. É fundamental agora que, com as reformas das delegacias regionais e as retiradas dos presos de lá, vamos ter uma média de cem policiais a mais para colocar no dia a dia. Vamos nos organizar para já começar na próxima semana a dar as ordens de serviço para essas delegacias".
O secretário de Segurança, coronel Lima Júnior, disse que a parceria com outros órgãos e com a sociedade tem ajudado a diminuir a violência. "A parceria com o Judiciário e o Ministério Público é fundamental, assim como com a sociedade. Temos recebido um grande número de ligações no disque-denúncia e isso acontece devido à credibilidade alcançada pela secretaria".
O governador também falou que a convocação da reserva técnica da Polícia Civil é "quando esclarecer a questão da dívida do estado". São aproximadamente 150 a serem convocados.
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