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Calheiros diz que projeto da terceirização deve sofrer mudanças no Senado

Marcando presença na assinatura da ordem de serviço para o início das obras do Hospital Metropolitano, o senador Renan Calheiros (PMDB) criticou, mais uma vez, o projeto da reforma da Previdência e disse acreditar que a proposta da terceirização, já aprovada na Câmara dos Deputados, sofra modificações na tramitação no Senado Federal. Ele avalia que a medida precisa de mudanças para que seja feita, inicialmente, a regularização dos trabalhadores terceirizados.

Segundo ele, ainda é possível reverter a decisão. "Acho que é possível, sim, porque a Câmara votou o projeto que estava parado no Congresso Nacional desde 1998. De modo que acho que é importante que se reverta para que tenhamos primeiro a regularização dos trabalhadores", avalia.

Renan Calheiros disse que há, no Brasil, 13 milhões de trabalhadores terceirizados e o primeiro passo seria regulamentá-los do ponto de vista jurídico. 

"Se você terceiriza de uma forma geral, ampla e irrestrita, vai sem dúvida precarizar as relações de trabalho, porque vai ter mais trabalho, já que o terceirizado trabalha 2,6 vezes mais. Além disso, vai aumentar o número de acidentes devido à precarização e vai aumentar também a rotatividade, aumentando o desemprego, além de diminuir a arrecadação", comenta o senador. 

Ele completa que, se a arrecadação do país reduzir, o governo vai se ver na obrigação de aumentar os impostos. "Então, essa questão tem que ser feita no Brasil de acordo com etapas pré-definidas", analisa.

Reforma da Previdência

Sobre a reforma da Previdência, Calheiros reafirmou que outros presidentes fizeram modificações na lei, mas essa que foi enviada agora para o Congresso é "exagerada". 

"Se exigir, por exemplo, que um trabalhador em Alagoas,  no Nordeste,  contribua 49 anos para ter aposentadoria integral é uma coisa absurda, desumana. É por isso que tenho trabalhado para qualificar a reforma, que seja uma reforma que viabilize a Previdência Social, mas que não seja, como se pretende, uma reforma para resolver o problema fiscal do Brasil", entende.


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