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Trabalhadores protestam contra "privatização" da Eletrobras em ato no Pinheiro

Dezenas de trabalhadores da Eletrobras Distribuição Alagoas fazem um protesto no início da tarde desta quarta-feira (29), em frente à subestação situada no bairro do Pinheiro, em Maceió. Os funcionários lutam contra o processo de privatização, já anunciado pelo governo federal. Uma paralisação das atividades está prevista para acontecer no dia 28 de abril. 

De acordo com a assessoria de comunicação do Sindicato dos Urbanitários, vários protestos já ocorreram neste ano, abrangendo diversos pautas; porém, o ato de hoje tem como intuito, apenas, repudiar a decisão do governo de vender a empresa para a iniciativa privada. O leilão deve ocorrer até o final do ano, seguindo um calendário de privatizações.

"O governo federal aprovou, no ano passado, o processo de privatização para o leilão da concessionária. Outras empresas já foram vendidas e a Eletrobras será uma delas. Mesmo não tendo sido agendado, a previsão para que isso ocorra é neste ano, ainda", informou a assessoria. 

O protesto vai reunir dezenas de funcionários não só da subestação, mas os que trabalham na sede, no Farol, e em outra subestação no Tabuleiro. Eles vão aproveitar a hora do almoço para chamar a atenção dos servidores quanto à medida adotada pelo governo. Uma das consequências da decisão é a extinção de concurso público. 

PARALISAÇÃO 

Por sua vez, na próxima sexta (31), haverá um grande ato público liderado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), que contará com o envolvimento de sindicatos representando o funcionalismo público estadual. Uma das principais pautas reivindicatórias é a Reforma da Previdência. 

As atividades têm início na Praça Deodoro, onde os trabalhadores vão se concentrar com faixas, bandeiras, cartazes e carros de som. De lá, os manifestantes seguem - em caminhada - até a sede do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), no Centro. 

Por sua vez, no dia 28 de abril, os funcionários públicos vão participar de um ato chamado "greve geral", quando haverá uma paralisação por 24 horas como forma de advertência, já que tem um indicativo de greve das categorias. O manifesto integra uma agenda de lutas, abrangendo, além da Previdência, a terceirização, reajuste salarial e melhores condições de trabalho. 

PRIVATIZAÇÃO

O ministro de Minas e Energia, Fernando Bezerra Coelho Filho, informou, em julho do ano passado, que as distribuidoras de energia de Alagoas (Ceal) e do Piauí (Cepisa) devem ser as próximas a ir a leilão. A distribuidora de energia que atende os consumidores de Goiás (Celg-D) será disputada pela iniciativa privada em agosto. 

Essas empresas de distribuição são atualmente controladas pela estatal Eletrobras, que enfrenta prejuízos bilionários desde 2012. 


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