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Reforma da Previdência deve ser votada até junho ou julho, diz Temer

A uma plateia de empresários, o presidente Michel Temer defendeu no início da tarde desta terça-feira (4), em São Paulo, a reforma da Previdência como essencial para o crescimento do país. Ele prevê que a reforma seja votada no Congresso até julho.

"Relatores acham que é possível votar. Naturalmente haverá uma ou outra adequação que será feita em comum acordo com o governo e se for assim acredito que será votado até junho ou julho", disse.

Temer disse que programas sociais e os investimentos ficam ameaçados caso a reforma não seja aprovada.

"Temos pela frente a reforma da Previdência, a reforma é vital para as contas do governo, os senhores sabem que hoje a Previdência causa déficit de quase 150 bilhões, em 2017 será maior, se não reformularmos a Previdência no nosso país, nós teremos, em 10 a 15 anos verba apenas para pagá-la, os servidores públicos e a previdência. Nada de programas sociais e nada de investimentos", disse no Hotel Hyatt, na Zona Sul de São Paulo.

"Não queremos ditatoriamente impor esta ou aquela regra, queremos a compreensão da necessidade e até para combater inverdades. A reforma é um dever com todos os brasileiros e se não fizermos estará em risco os benefícios de quem já tem e dos jovens no futuro", disse Temer, afirmando que está em contato permanente com o relator da reforma para fazer "adequações". "Se for preciso vamos fazer uma ou outra".

Para o presidente, críticos da reforma negam a nova realidade demográfica. "Queremos sim a absoluta necessidade dessa reforma para desfazer inverdades, já que o déficit da previdência é gigantesco. Negar e nossa realidade demográfica, deficit da previdência e gigantesco. É recorrer à falsa contabilidade, a nossa realidade demográfica está mudando a olhos vistos, Nossos Sistemas de privilégios precisam ser limados, a reforma é um dever que temos perante a todos os brasileiros".

Neste final de semana, o líder do PMDB no Senado classificou o governo Temer de "errático" e ironizou recentes decisões políticas do chefe do Executivo. Em um novo vídeo publicado no Facebook, o parlamentar alagoano afirmou que "quem não ouve erra sozinho".

O ex-presidente do Senado voltou a disparar na internet contra a reforma da Previdência Social capitaneada pelo governo Temer. Neste vídeo, Renan diz que as eventuais mudanças nas regras previdenciárias irão punir os "trabalhadores" e o "Nordeste".

"A sanção presidencial da tercerização [no último dia 31] irrestrita e a insistência do governo em fazer essa reforma da Previdência, que pune trabalhadores e o Nordeste, significa dizer que o governo continua errático. E quem não ouve, erra sozinho", disse Renan no vídeo.

Temer admitiu que pode fazer aplicações no texto da reforma. "Bom, mas o governo não vai fazer adequação à reforma previdenciária. Nós mandamos uma reforma que deve durar 30, 25 anos, mas evidentemente o senhor dessa reforma é o Congresso Nacional que está conversando conosco, vamos fazer adequações, o importante é aprovar uma reforma da Previdência, se é preciso fazer uma ou outra aplicação temos que realizá-la para aprová-la

Temer convocou os empresários presentes a "se convencerem" da proposta apresentada pelo governo, deveriam divulgá-la a outras pessoas.


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