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"Ilustres desconhecidos" marcam a história de Alagoas nos últimos 200 anos

Exaltado em verso e prosa, Alagoas completa 200 anos de emancipação política em 16 de setembro de 2017. O estado carrega uma história escrita por pessoas com ideais progressistas e contribuições significativas na busca por desenvolvimento, mas nem sempre lembradas. São "ilustres desconhecidos", que até emprestam seus nomes a ruas e praças, mas que são esquecidos pela maioria da população.

A terra dos escritores Graciliano Ramos, Lêdo Ivo e Jorge de Lima é a mesma de Dias Cabral, Thomaz Espíndola, Craveiro Costa e Moreno Brandão. Se o estado é conhecido por ser berço da médica Nise da Silveira e do dicionarista Aurélio Buarque de Hollanda, também é "terra mãe" de Pedro Nolasco, Abelardo Duarte, Félix Lima Júnior, Alfredo e Octávio Brandão.

Embora muitas vezes esquecidos, esses intelectuais estão presentes hoje em dia por meio de suas obras. São livros, análises antropológicas, contribuições políticas e colaborações decisivas para a criação de instituições como a Biblioteca Pública do Estado, a Faculdade Alagoana de Medicina e o Instituto Arqueológico e Geográfico Alagoano, que se transformou no Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas (IHGA).


Luitgarde Barros fala sobre 'ampliar visão' e enxergar os intelectuais
FOTO: DIVULGAÇÃO/AGÊNCIA ALAGOAS































"Infelizmente, em todo lugar pequeno, os mais importantes são os que ocupam cargos políticos, os ricos, os que aparecem na crônica social. Isto é comum. Só quando a gente cresce, que entra na teia do mundo intelectual, é que amplia a visão", explica a professora e antropóloga Luitgarde Barros, sertaneja de Santana do Ipanema que vive no Rio de Janeiro desde 1960 e conviveu com muitas dessas figuras.

Entrevista com Luitgarde Barros

De acordo com ela, a segunda metade do século passado foi marcada por um intercâmbio cultural intenso e muitos alagoanos "beberam" em fontes intelectuais de outros estados antes de promover realizações significativas em Alagoas.

"No Rio de Janeiro, eu encontrei o Cristo de braços abertos e também alagoanos fantásticos. Quando eu sai daqui, o doutor Théo Brandão estava criando o Arquivo Público. Sempre que viajava ao Rio, entrava em contato comigo e nos encontrávamos com figuras como Ledo Ivo, Buarque de Hollanda e com filhos do Jorge de Lima. Os intelectuais nunca abandonaram o estado", ressalta a antropóloga.


Douglas Apratto destaca contribuições de personalidades para Alagoas
FOTO: FELIPE BRASIL/ GA































INTELECTUAIS EM DIFERENTES ÉPOCAS E CENÁRIOS SOCIOPOLÍTICOS

Para o professor e historiador Douglas Apratto, Alagoas contou, em diferentes épocas e cenários sociopolíticos, com figuras que "ultrapassaram barreiras e deixaram um legado de conhecimento nas áreas em que produziram". De acordo com ele, o Brasil não seria o que é atualmente, em importância histórica e cultural, se não fosse a contribuição do estado por meio de figuras que ele classifica como "ímpares".

"Os contextos sociopolíticos são distintos, porque cada um viveu numa época com características diferentes. Suas obras têm um valor científico inegável e o reconhecimento nacional, embora regionalmente a memória alagoana os deixe esquecidos. Deixaram um legado de trabalho, de constância nas suas publicações, e deixaram uma contribuição afetiva com suas obras. Alagoas não é só a Terra dos Marechais, mas é também a terra dos cientistas sociais, dos seus poetas, de seus artistas", destaca Apratto.


Ilustres 'desconhecidos' ajudam a construir história de Alagoas
FOTO: GAZETAWEB































O professor Sávio de Almeida destaca a importância dos intelectuais para a formação histórica de Alagoas e cita alguns nomes que deveriam servir de referência para qualquer alagoano que queira conhecer um pouco mais sobre o estado. 

"Alagoas tem intelectuais de respeito e chaves enquanto referências, tudo vai depender da área. De raspão, lembro-me agora do Abelardo Duarte, Craveiro Costa e Moreno Brandão. É interessante esta ligação entre a vida intelectual e os passos da formação histórica. Somos diferentes a cada passo", afirma. 

Para conhecer um pouco melhor esses "anônimos", a Gazetaweb fez um levantamento e ouviu estudiosos no assunto. 

CONHEÇA ALGUNS DESSES EXPOENTES:


Thomaz Espíndola é uma das referências intelectuais de AL
FOTO: GAZETAWEB

THOMAZ ESPÍNDOLA

Como explica o professor, escritor e historiador Álvaro Queiroz, Thomaz Espíndola foi um dos intelectuais alagoanos mais importantes nesses 200 anos. Foi médico, jornalista, escritor, professor, inspetor feral da Instrução Pública da Província das Alagoas, deputado provincial e geral, Inspetor de Higiene e Saúde Pública, vice-presidente e presidente interino da Província alagoana. Com um currículo extenso, ele foi professor do Lyceu Alagoano e desenvolveu pesquisas em diversas áreas, entre elas a de geografia e história. 

"Sua obra magna é 'A geografia alagoana ou descrição física, política e histórica da Província das Alagoas', publicada em 1860 e reeditada em 2ª edição em 1871. O livro se apresenta dividido em três partes: a primeira trata sobre geografia física, a segunda parte aborda geografia política e a terceira fala acerca de geografia histórica. Trata-se do primeiro grande trabalho de peso no âmbito da pesquisa historiográfica produzido nas Alagoas. É considerada obra de referência imprescindível a qualquer pesquisa na área", destaca Álvaro Queiroz. 

Nascido em 1832, na capital alagoana, Thomaz Espíndola ainda foi membro efetivo do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas, onde ocupou a cadeira de nº 38. 


Dias Cabral se destacou na criação do Instituto Histórico
FOTO: GAZETAWEB

DIAS CABRAL

Defensor da abolição da escravatura quando os negros ainda eram vistos como pessoas inferiores, João Francisco Dias Cabral nasceu em 1834 e foi um dos criadores do Instituto Arqueológico e Geográfico de Alagoas. Como intelectual público, assumia uma posição de contestação, introduzindo elementos novos às discussões sobre Alagoas, aproximando-se mais do cotidiano e, como evolucionista, assumindo uma postura de contestação.

"Dias Cabral introduz os Palmares, a história da imprensa e assume uma plataforma política identificada com a superação da escravidão nas discussões sobre Alagoas", pontua o professor, pesquisador e escritor Sávio de Almeida. 

Formado em medicina, Dias Cabral atuou no Hospital da Caridade, a atual Santa Casa de Maceió, e também foi vice-diretor do Asilo de Nossa Senhora do Bom Conselho e incumbido de ajudar a tratar os flagelados da seca. Por seus ideais abolicionistas, ele foi eleito sócio da Sociedade Libertadora Alagoana e presidente honorário do Clube Castro Alves. 

Integrou ainda a Sociedade Montepio dos Artistas Alagoanos e Academia Alagoana de Letras. Morreu em 1885, sem ver o fim oficial da escravidão, com a assinatura da Lei Áurea, que aconteceu em 1888. 


Alfredo Brandão abordou aspectos antropológicos de AL
FOTO: GAZETAWEB

ALFREDO BRANDÃO

Natural de Viçosa, Alfredo Brandão estudou no Colégio Liceu Alagoano e se formou em Medicina pela Faculdade da Bahia.  Autor de livros que apresentavam aspectos culturais e antropológicos do estado, Alfredo ingressou no Exército e atuou na Campanha de Canudos, participou da Missão Rondon e foi Diretor do Hospital Militar do Recife. Trabalhou ainda em estados como Paraná, Rio de Janeiro e Pernambuco.

"O Alfredo Brandão colaborou com várias revistas e entidades cientificas e teve uma produção fantástica, sempre presente nas diversos congresso e simpósios nacionais. Autor fértil, entre os seus trabalhos estão Tabagismo, Viçosa de Alagoas,  Amor e Sofrimento, Noites do Paraguai, Contribuição para a Geografia Botânica do Estado de Alagoas, A Pré-História de Alagoas, A poesia popular em Alagoas e Os Negros na História de Alagoas", afirma o professor e historiador Douglas Apratto.

Alfreto foi tutor do ambientalista Octávio Brandão, que estudou o complexo estuarino-lagunar Mundaú-Manguaba e é autor do livro Canais e Lagoas.


Craveiro Costa se destaca como historiador e escritor
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CRAVEIRO COSTA

Considerado uma das mais vivas expressões da inteligência e da cultura do estado, o jornalista, pesquisador, historiador, escritor e professor João Craveiro Costa deixou como herança de sua intelectualidade quatro livros que têm Alagoas como tema central. Nascido em janeiro de 1874, na capital alagoana, ele exerceu, entre outros cargos, o de Administrador e Contador da Recebedoria de Rendas, o de Diretor do Grupo Escolar Diégues Júnior e o de Contador Geral do Estado. Também foi membro efetivo do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas, onde ocupou a cadeira de número 48. Craveiro Costa morreu em agosto de 1934, enquanto trabalhava. Ele foi vítima de um infarto. 

"Em seus escritos históricos, Craveiro Costa deixa sempre transparecer a sua visão mais sociológica da história. Ele é, sem dúvida, um dos melhores nomes da escassa bibliografia histórica de nosso Estado, aparecendo como uma das mais vivas expressões de nossa inteligência e cultura", reflete Álvaro Queiroz, que destaca as obras  'História das Alagoas - resumo didático'; 'Instrução pública e instituições culturais de Alagoas'; 'O Visconde de Sinimbu: Sua vida e sua atuação na política nacional - 1840-1889', e 'Maceió', como as grandes contribuições dessa personalidade para a posteridade. 


Moreno Brandão se destacou no universo acadêmico e científico
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MORENO BRANDÃO

Da mesma geração de Craveiro Costa, Francisco Henrique Moreno Brandão nasceu em setembro de 1875, na cidade de Pão de Açúcar, cidade às margens do Rio São Francisco, no interior de Alagoas. Ele foi historiador, professor, escritor, jornalista, deputado estadual e funcionário público. Gostava de literatura e escrevia contos, novelas e romances. Foi fundador da revista literária e científica Pirausta, além das revistas Argos e Mundus e ocupou a cadeira de número 23 do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas. 

"Moreno Brandão é, inegavelmente, um dos nomes mais representativos da ciência e da pesquisa históricas nas Alagoas", pontua Álvaro Queiroz, destacando que ele atingiu a marca de sessenta trabalhos entre inéditos e publicados. 

Moreno Brandão lecionou Pedagogia no Lyceu de Penedo e também foi professor catedrático de Português e Geografia da Escola Normal de Maceió. Como político, assumiu dois mandatos como deputado estadual, entre os anos de 1921/22 e 1923/24. Morreu em 1938, na capital alagoana, deixando trabalhos de destaque como 'História das Alagoas', 'Floriano Peixoto', 'Calabar' e 'Vade mecum do turista alagoano'. No bicentenário do estado, ele é também lembrado por ter organizado o livro "O Centenário da Emancipação de Alagoas", onde fez uma nova abordagem historiográfica.


Abelardo Duarte é o fundador da Faculdade de Medicina de AL
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ABELARDO DUARTE

Um dos fundadores da Universidade Federal de Alagoas, Abelardo Duarte foi uma dos mais destacados representantes do pensamento alagoano. O intelectual se formou pela Faculdade de Medicina da Bahia e foi professor na universidade que ajudou a criar. Também recebeu o título de secretário perpétuo do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas.

"Escreveu vários trabalhos aclamados por várias instituições acadêmicas do país. Foi colaborador da imprensa e de periódicos culturais e científicos. Foi, portanto, um grande ensaísta, jornalista, pesquisador, folclorista, biógrafo e historiador. Entre as suas principais obras, destacamos Folclore Negro das Alagoas: Áreas da Cana de Açúcar, Um Folguedo do povo, o Bumba meu Boi, Os grupos sanguíneos da Bahia, suas teses de doutorado na Bahia, Três Ensaios, Dom Pedro II e Dona Teresa Cristina em Alagoas, Os Malês: Negros Muçulmanos nas Alagoas, Folclore Negro  das Alagoas", explica Douglas Apratto.


Félix Lima Júnior participou era ativo na vida literária no estado
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FÉLIX LIMA JÚNIOR

Nascido em Maceió, em 1901, Felix Lima Júnior começou a publicar crônicas nos jornais ainda muito jovem. Foi um dos fundadores do Grêmio Guimarães Passos e das Academia dos Dez Unidos e participou ativamente da vida literária e acadêmica do estado.

Membro da Academia Alagoana de Letras e do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas, sempre ressaltou suas origens humildes.

Deixou obras como Maceió de Outrora, além de Uma Tragédia Alagoana, História dos Teatros em Maceió, João Barafunda, o Mauá do Sertão alagoano, As Emboladas do Chico Barbeiro, Igrejas e Capelas de Maceió, Periquitos, Dois Maestros Alagoanos.


Ivan Fernandes Lima é o grande nome da Geografia
FOTO: GAZETAWEB

IVAN FERNANDES LIMA

Considerado homem da pesquisa de campo e inovador no meio metodológico, desbravou Alagoas para fazer seus trabalhos. É apontado como grande nome da geografia alagoana no século XX. "Tinha absoluto domínio da metodologia no ensino da Geografia em todos os seus ramos. Foi ele quer fez a marcação dos pontos extremos de Alagoas. 'Maceió, Cidade Restinga' é sua obra prima, Geografia de Alagoas, excelente trabalho, de um autor que percorreu exaustivamente todos os rincões do território alagoano. Alagoas não deve deixar Ivan Fernandes Lima no esquecimento", afirma Douglas Apratto.

"A aventura humana na terra, desde os seus primórdios, encontra-se marcada pela criação, inovação e ousadia de pessoas vocacionadas e especiais. São figuras com atuação icônica que através de seus trabalhos em vários campos de habilidade, ampliaram o campo do saber, elevaram o nome de suas comunidades e se tornaram referências para as gerações que se seguiram", conclui o professor e historiador.

MANUEL DIÉGUES JR.

O sociólogo, antropólogo, jurista e folclorista brasileiro Manuel Diégues Jr. nasceu em Maceió em 1912 e ganhou reconhecimento internacional por seus estudos sobre cultura e folclore. Foi professor da PUC do Rio de Janeiro e ministrou cursos em universidades estrangeiras, integrando o Centro Latino Americano de Pesquisa Social e o Instituto Histórico Brasileiro. Destacado que era no estudo da sociedade, chegou a presidir a Associação Latino Americana de Sociologia. 


Professor Sávio destaca papel de Manuel Diégues e Théo Brandão
FOTO: MAÍRA VILELA/ARQUIVO GA































"Diégues chegou a ir mais longe, mormente quando esteve à frente do Centro Latino-Americano de Pesquisa Social. Aliás, Diégues jamais saiu de Maceió, embora estivesse fora. Ele será sempre um grande articulador da escrita que veio de trinta, aqui em Alagoas", pontua o professor Sávio de Almeida. 

Entre as várias obras que deixou, "O Banguê nas Alagoas. Traços da influência do sistema econômico do engenho de açúcar na vida e na cultura regional", de 1949, é um dos destaques. Também escreveu sobre folguedos populares, folclore do Brasil e Literatura de Cordel. 

THÉO BRANDÃO

Professor e folclorista, Théo Brandão dá nome a um dos museus mais visitados de Alagoas, que abriga uma coleção de arte popular doada por ele à Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Nascido em janeiro de 1907, na cidade de Viçosa, Theotônio Vilela Brandão formou-se em medicina no Rio de Janeiro, de onde enviava textos como crônicas e poemas que tinham o folclore como temática e eram publicados em pequenos jornais da sua cidade natal.

Ao voltar para o estado e instalar-se em Maceió, montou uma clínica de pediatria e conviveu com intelectuais como Rachel de Queiroz e Graciliano Ramos. Foi membro do Instituto Histórico de Alagoas e dedicou-se aos estudos da medicina popular, como suas superstições e crenças. 


Museu Théo Brandão guarda acervo do professor e folclorista alagoano
FOTO: RICARDO LÊDO/GA































Faleceu em 1981, deixando obras importantíssimas para o estudo da cultura popular e do folclore de Alagoas. Entre elas, estão "Folclore de Alagoas", de 1949; "O Reisado Alagoano", de 1953; "O Guerreiro", de 1964; e "O Pastoril", 1964, além daquela que é considerada a sua obra-prima: "Folguedos Natalinos de Alagoas", de 1961. 

"Diégues e o Théo nasceram como intelectuais na famosa década de trinta. Tive a oportunidade de ser amigo do Diégues e de ser extremamente ligado ao Théo que foi íntimo, de confidências pessoais. Dele recebi algo importante: a necessidade de ver detidamente Alagoas.Eles partilharam da entronização do folclorismo em Alagoas, que durante longo tempo primou por ser o nosso viés de ver a sociedade. Ambos foram autores de textos de leitura obrigatória. Diégues com o Banguê e o Théo, especialmente, com seu livro sobre folguedos natalinos e que é, a meu ver, seu melhor texto. Eu dizia isto a ele  e julgo que ele levava em conta", comenta Sávio de Almeida.


Praça Montepio dos Artistas fotografada nos anos 50
FOTO: STUCKERT/ANOS 50

PEDRO NOLASCO

Autor do primeiro romance de costumes alagoanos, intitulado Traças e Troços e publicado em 1886, Pedro Nolasco Maciel seguia a corrente abolicionista, republicana e socialista. Integrou a primeira diretoria da sociedade Montepio dos Artistas Alagoanos, que tinha como principal objetivo o de auxiliar os familiares de artistas que ficassem impossibilitados de trabalhar por algum motivo. 

Nolasco foi ainda jornalista, tipógrafo e fundador da Associação Tipográfica Alagoana de Socorros Mútuos e do Jornal Gutemberg.

"Pedro Nolasco Maciel é o outro nome de extrema importância. Em suas origens, ele era um operário gráfico e termina por manter uma grande participação em movimentos como o abolicionismo, republicanismo e socialismo. Foi ele o fundador do terceiro paradigma e de germinação dialética. É autor de um romance que, como literatura, pouco pesa, mas é indispensável para se entender Maceió, o modo como a cidade começava a expressar-se e resulta em uma espécie de escrita de uma etnologia urbana", avalia o professor Sávio de Almeida. 

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