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Governo deve fazer 'focalização melhor' do Bolsa Família, diz Oliveira

Foto: (Jefferson Rudy/Agência Senado)



















O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, afirmou nesta quarta-feira (31) que o governo deve fazer uma "focalização melhor" do Bolsa Família. "No caso do Bolsa Família, há muita informalidade no público alvo, mas isso deve resultar numa focalização melhor do programa, no sentido de dar o benefício para quem realmente precisa", disse o ministro, sem citar estimativa de redução de custos.

Durante palestra em evento na Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro, Oliveira citou que outras políticas, como o Auxílio-Doença e o Seguro-Defeso, podem ter redução de R$ 6 a 7 bilhões e R$ 1,6 bilhão, respectivamente. Em 2016, segundo ele, houve 4% de redução de custeio com estrutura, de acordo com o comitê de monitoramento de custeio.

Reformas

O ministro também defendeu a reforma da Previdência, ainda a ser votada pelo Congresso. "Estamos gastando demais com Previdência e menos com investimento, e isso não é a composição adequada para reconstruir o país", afirmou ele."Sem a reforma da Previdência, perde-se margem de manobra. Mas não é apenas a reforma da Previdência que será necessária", apontou.

"A reforma é necessária. Nós vimos há pouco várias projeções que mostram que as despesas com Previdência do país são insustentáveis, até mesmo do ponto de vista das outras despesas do governo federal. Nao existe um plano B."

A partir de agora, segundo o ministro, o governo terá de trabalhar uma noção de Orçamento limitado. 

"A discussão da composição do gasto público tem que levar em conta que o aumento de uma despesa significa a diminuição de outra", disse o ministro.

'Fim da recessão'

Ao ser questionado sobre as perspectivas para o Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre de 2017, a ser anunciado nesta quinta-feira (1) pelo Institudo Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), 

Oliveira disse que o resultado será positivo e marca o fim da recessão. "O PIB amanhã será positivo e será importante porque marca oficialmente o fim da recessão. A economia brasileira está reagindo", disse ele.

"O endividamento das famílias está diminuindo, há um crescimento do ponto de vista real, da renda. Além disso, medidas como a liberação do FGTS ajudam", afirmou.

No entanto, o ministro alertou que o PIB deve ser menor que o índice do indicador do Banco Central IBC-BR, apontado como 1,12% no primeiro trimestre. "Deve ser um pouco menor porque há uma diferença de metodologia".

G1