Sem resposta ou prazo para que as aulas sejam retomadas, os pais dos alunos preparam para a próxima segunda-feira (19), às 8h, um panelaço no centro administrativo da Prefeitura de Arapiraca. O objetivo dos manifestantes é chamar a atenção da sociedade para o que eles classificam como "descaso do Poder Executivo". Os pais alertam que é fundamental que se encontre uma solução, visto que os alunos precisam correr contra o tempo para recuperar o prejuízo.
A maior preocupação dos pais é o fato de que o impasse entre a prefeitura e os professores se arraste por muito tempo e os alunos que vão fazer a prova do Enem sejam prejudicados com a concorrência de outros candidatos que estão tendo as aulas regularmente. Com o pleito dos professores e das demais categorias, a prefeitura diz que não tem condições de atender às demandas reivindicadas.
Desde o início da paralisação, os professores reivindicam um reajuste na ordem dos 7,64%, mas o prefeito Rogério Teófilo (PSDB) afirma que, em virtude do cenário nacional, da queda de impostos e da herança [de dívidas] que recebeu, o percentual que pode ofertar aos mestres da sala de aula é de 2,33%. Para ele, algo além disse percentual pode impactar também na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
As categorias apontam que há condições de garantir o ganho real por meio dos repasses do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
Ainda de acordo com a prefeitura, o ano letivo no município não começou no mês de fevereiro porque houve problemas com a aquisição da merenda ofertada aos estudantes, bem como a falta de profissionais. Por isso, a prefeitura realizou um processo seletivo para fazer a contratação temporária dos professores, além disso, algumas escolas estão sem condições de funcionar.
A prefeitura de Arapiraca prometeu se pronunciar sobre a greve.
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