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Estudantes da rede estadual participam da 1ª fase da OBMEP 2017

Ao todo, 885 unidades participam do teste em Alagoas

Estudantes das redes públicas municipal, estadual, federal e particulares de Alagoas participaram, nesta terça-feira (6), da primeira fase da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP) 2017. Ao todo, 885 unidades no Estado fizeram o teste.

“Em todo o Brasil, cerca de 18 milhões de pessoas fizeram as provas, que, pela, primeira vez, também foram aplicadas nas escolas particulares. O propósito da Olimpíada é socializar o material que possuímos”, conta o coordenador estadual da OBMEP, Adelailson Peixoto, informando ainda que os alunos medalhistas também participam de programas de iniciação científica.

O superintendente de Políticas Educacionais da Seduc, Ricardo Lisboa, também
aponta os benefícios da competição. “Ela propicia que tenhamos uma reflexão sobre o ensino de matemática nas escolas e sobre como podemos motivar e estimular os alunos em relação à disciplina”, afirma.

Vocação

Em Maceió, alunos das escolas estaduais Teotônio Vilela e Moreira e Silva, ambas localizadas no Cepa, também participam das olimpíadas. Moisés de Melo, da 2ª série do ensino médio da Moreira e Silva é um dos mais de 350 mil participantes alagoanos e conta que almeja mais que uma simples medalha.

“Eu quero ser professor de Matemática. Achei a prova muito boa, algumas questões estavam difíceis, mas eu consegui resolver. Este é o terceiro ano que eu participo, pois gosto muito de números e resolver equações. Não almejo medalhas, faço as provas porque eu gosto”, afirma Moisés de Melo.

O professor de Matemática da escola, Messias Antônio da Silva, destaca o papel da OBMEP na vida estudantil. “Embora boa parte da comunidade escolar não tenha muita noção da importância, temos exemplos de alunos que, por meio da prova, conseguiram ingressar em grandes faculdades dos Estados Unidos [da América], como Harvard”.

O educador salienta ainda que vai dispor um dia da semana para preparar os jovens que passarem para a segunda fase da prova. “O principal objetivo é fazer com que alunos descubram os talentos que eles próprios não sabem que possuem”, afirma Silva.

Na escola Teotônio Vilela, alunos com deficiência e precisam de auxílio para realizar a prova contaram com a ajuda de duas auxiliares de sala. Nesses casos específicos, os candidatos têm uma hora a mais para concluir o teste.

“Durante o acompanhamento na sala de aula, identificamos qual a dificuldade que o aluno possui, para auxiliá-lo da melhor forma. Aqui na Teotônio Vilela, nós os trouxemos para uma sala separada, para realizar uma nova leitura, em um ambiente mais calmo e não prejudicar nenhum dos candidatos. Explicando direito, nossos alunos chegam ao resultado desejado”, afirma a auxiliar Adriana dos Santos.

Agreste

No interior de Alagoas, os alunos também estão compenetrados para as provas . Na cidade de Arapiraca, no Agreste, 1.800 estudantes das 42 turmas da Escola Estadual Professor José Quintella Cavalcanti participam da olimpíada.

A escola tem um histórico de bons resultados na OBMEP e, na edição 2016, teve dois medalhistas de bronze na  competição: Danielle Vicente de Farias e José Denner Lira. “Todas as nossas turmas estão participando da OBMEP e sempre os estimulamos bastante. E é justamente esse incentivo dado pelos professores que propicia estes resultados positivos”, explica a diretora Socorro Carnaúba.

O aluno do 2º ano, João Paulo Oliveira dos Santos, que é cadeirante, também participou do teste. “Eu achei a prova muito boa. Ela serviu como uma revisão, para complementar assuntos que eu já sabia. Acredito que a prova também sirva como um treino na matéria da Matemática para o Enem [Exame Nacional do Ensino Médio]”, conta Santos.

Já Elisabeth Vicente, que é surda, fez a prova com o apoio da intérprete Maria Luiza de Souza. Segundo a garota, que deseja ser psicóloga, a matemática é a sua matéria predileta na escola.


Agência Alagoas