Pilotos de várias partes do Brasil estão sobrevoando um dos rios mais importantes do País na II Expedição do São Francisco. Ao todo, 35 aeronaves se inscreveram para a aventura, que parte da cidade alagoana de Piranhas nesta sexta-feira (16). Devido ao mau tempo, entretanto, algumas não puderam chegar.
Segundo o organizador do evento, Kléber Rangel, também fabricante de aeronaves, hoje, 13 delas estavam participando da empreitada. Até o final do percurso, em Três Marias, no estado de Minas Gerais, porém, outras devem se juntar e o número pode chegar a 40.
"Diferente da primeira expedição, cujo propósito foi um ato esportivo, nós queremos conhecer e mostrar as comunidades que ficam ao longo do rio São Francisco, mostrando tudo que está acontecendo, ouvindo as pessoas e incentivando os gestores a fazer ações para preservar o rio", diz.
Uma equipe de apoio da Associação de Pilotos e Proprietários de Aeronaves do Nordeste acompanhará tudo, filmando imagens que serão utilizadas em um documentário. Uma das ideias é também apresentar a região aos navegadores, que em sua maioria são profissionais liberais, e, assim, alavancar o turismo.
Em um dos pontos de chegada, eles terão um encontro com o frei Dom Flávio Luiz Cáppio, da Diocese de Barra, na Bahia, que apresentará a história do São Francisco e a luta pela revitalização. Nos anos de 2005 e 2007, ele foi manchetes dos jornais ao fazer duas greves de fome em protesto contra a transposição do rio.
Além de Piranhas e Três Marias, onde a jornada acaba no dia 23 de junho, a expedição passará ainda por Juazeiro (dia 17), Barra do Rio Grande (18), Santa Maria da Vitória (19) e Bom Jesus da Lapa (20), todos na Bahia, e por Januária (no dia 21) e Pirapora (22), ambas em Minas Gerais.
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