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Parlamentares cobram ações preventivas contra o zika vírus em Alagoas

Em sessão conjunta da Assembleia Legislativa e Câmara Municipal de Maceió realizada na tarde desta segunda-feira (26), deputados e vereadores cobraram de prefeituras e governo estadual o fortalecimento das ações preventivas contra o zika vírus. A audiência pública foi realizada no auditório da Casa da Indústria, no bairro do Farol, e contou com a presença de mães que lidam, diariamente, com as sequelas do vírus que acometem suas crianças. Ao final dos trabalhos, uma carta de compromisso será elaborada e entregue aos prefeitos e ao governador Renan Filho (PMDB). 

A sessão foi proposta pela deputada Jó Perreira (PMDB) e pela vereadora Tereza Nelma (PSDB). Para a representante da Casa de Tavares Bastos, a realização da audiência pública mostra às autoridades envolvidas no processo a necessidade de se ter uma maior atenção para com as famílias que enfrentam tal realidade. Ela afirma acreditar que o papel do Estado deve ser fortalecido não apenas quando o bebê nasce, mas, sobretudo, no tocante à prevenção, de modo a se evitar o contágio pelo aedes aegypti.

"Esta situação só chegou a este nível porque não houve prevenção, visto que, além de se garantir assistência às mães infectadas com o zika e as crianças diagnosticadas com a microcefalia, o poder público também deve realizar ações preventivas, principalmente após o período chuvoso, que tende a aumentar a proliferação do mosquito. São ações simples que, no entanto, sempre impactam positivamente", expôs Jó. 

Já de acordo com a vereadora Tereza Nelma, cerca de 50 crianças diagnosticadas com microcefalia moram em Maceió. Ela conta que, nesta segunda-feira, reuniu-se com o prefeito da capital, Rui Palmeira (PSDB) para lhe relatar a situação, com o gestor tendo assegurado que a Secretaria Municipal de Saúde vai acompanhar todos os casos individualmente, assistindo os bebês com profissionais qualificados. 

Debora Evylym, 26 anos, mãe da pequena Lorena Rafaelle, de 1 ano e 5 meses, participou da sessão pública. Segundo ela, mesmo após realizar dois ultrassons, a confirmação de que a filha tinha microcefalia aconteceu somente na hora do parto. 

"Tenho recebido toda a assistência necessária de Estado e Prefeitura, a exemplo de profissionais e medicamentos, apesar de o remédio que ela utiliza às vezes faltar no posto de saúde. Ela toma apenas duas caixas por mês, mas há crianças que necessitam de até cinco caixas, o que acaba comprometendo a renda familiar de muita gente. Por isso, muitas mães também precisam de suporte nesse sentido", afirmou Débora.


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