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Vice-governador diz que transportadores incitaram protesto de alunos

O vice-governador de Alagoas e secretário de Estado da Educação, Luciano Barbosa (PMDB), declarou, em entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (7), que a manifestação realizada por estudantes nesta manhã foi articulada pelos motoristas escolares que, segundo ele, estariam preocupados com o anúncio de licitação do transporte. Segundo ele, o pagamento pelo serviço está em dia, motivo pelo qual o protesto - que paralisou a Avenida Fernandes Lima, em Maceió - não teve razão de acontecer.
De acordo com Barbosa, o objetivo da licitação é regulamentar o serviço de transporte ofertado aos alunos da rede estadual de ensino. Na entrevista, ele destacou também que a forma de contratação dos transportadores, realizada de maneira emergencial, "chegou ao limite". Os motoristas, no entanto, argumentaram que a paralisação foi resultado da suposta ausência de garantias de que os profissionais continuarão executar a atividade.
Aos jornalistas, Barbosa - que disse ter sido pego de surpresa com a manifestação - também destacou o fato de áudios que circulam nas redes sociais revelarem que os motoristas teriam incentivado os alunos a provocarem tumulto e quebra-quebra para chamar a atenção da sociedade alagoana, assegurando que os pagamentos estão em dia. 
Motoristas incitam protesto e depredação do prédio da Seduc







"Os contratos firmados são emergenciais, mas todos seguem acompanhados de perto pela Procuradoria do Estado e pelo Ministério Público, a fim de garantirmos a lisura do processo. Acredito que não seja possível, porque demanda um pouco mais de tempo, mas pretendo viabilizar o início do processo licitatório já neste segundo semestre", disse Luciano Barbosa. 
Ainda conforme o secretário, existe uma pressão por parte dos motoristas para que a presente situação contratual seja mantida por tempo indeterminado, beneficiando o grupo que já atua no transporte dos estudantes. "Apesar da pressão, nossa proposta é realizar esta licitação o quanto antes. Nada impede que a cooperativa participe, desde que esteja com tudo em dia. Porém, iremos ofertar a mesma oportunidade a outras empresas que manifestarem interesse no processo", reforçou. 
O secretário esclareceu também que o pagamento é feito mensalmente pelo governo estadual e que os profissionais têm de declarar, com igual frequência, quantos dias trabalharam, a fim de que possam receber o valor devido. 
Por fim, Barbosa afirmou que os áudios citados serão encaminhados ao Ministério Público, com o objetivo de se identificar a autoria dos mesmos, já que, na avaliação do secretário, seu conteúdo incita a violência e a depredação do patrimônio público. 

GazetaWeb.com