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Vigilância Sanitária investiga água fornecida para órgãos do Estado de Alagoas

   (Crédito: Reprodução)

Uma circular emitida no dia 02 de agosto deste mês pela Agência de Modernização e Gestão de Processos (Amgesp), responsável pela compra de materiais para o Estado de Alagoas, revelou que uma marca de água mineral fornecida para órgãos do Poder Executivo está sob suspeita de risco biológico.

O documento sugere a suspensão do uso da água dessa marca e cita ainda um parecer técnico da Vigilância Sanitária do Estado que confirmaria a suspeita. O fato levou a Secretaria de Segurança Pública a cotar preços de outra empresa para evitar problemas de saúde entre os servidores.

Segundo apurou o TNH1, pessoas ligadas a órgãos da Segurança situados em Maceió e em Inhapi, no Sertão, reclamaram da água porque sentiram mal estar pouco depois de consumirem o produto.

Investigação

Em conversa com a reportagem, o coordenador da Vigilância Sanitária Estadual, Paulo Bezerra, confirmou que a água vem sendo analisada. Ele esclareceu que ainda não se sabe se o mal estar foi causado por conta do consumo do produto ou pelas más condições que o garrafão se encontrava, ou ainda se quem passou mal consumiu outra coisa e culpou a água.

“O órgão que fez a denúncia tomou essa medida antes de o laudo da análise do laboratório sair, como prevenção. Nós estamos fazendo uma investigação ampla, para que ninguém seja injustiçado”, declarou.

De acordo com a Amgesp, que falou por meio da assessoria de comunicação, foi aberto um processo administrativo para apurar a responsabilidade da empresa e, enquanto isso, outra marca de água está sendo adquirida pelo Estado, por meio de uma segunda ata já existente.

Fornecedora atesta qualidade

Suely Nunes, representante da empresa fornecedora, explicou por telefone ao TNH1 que os riscos apontados pela Vigilância Sanitária não influenciam na qualidade da água.

“Riscos biológicos são práticas do ambiente da empresa, por isso a Vigilância Sanitária nos notificou. As nossas infrações foram coisas como torneiras sem sensor, acrílico da tampa do vaso sanitário quebrado e a falta de sabonete antisséptico; nada em relação à qualidade do nosso produto”, disse.

Ela também justificou o caso de quatro garrafões de água na delegacia de Inhapi, que ficaram verdes. “Produzimos cerca de 60 mil garrafões por mês, é completamente natural que um ou dois fiquem verdes. Mas é claro que o ambiente onde a água foi colocado influencia bastante, coisas como a longa exposição ao sol podem transformar a aparência da água, mas não significa que está imprópria para o consumo”.

Por e-mail, a empresa enviou laudos de análises da água feitas por quatro laboratórios: Ufal (avaliação semanal); Qualitex (trimestral); Lamin (inspeção válida por três anos), e o da própria empresa. Eles confirmam que o produto está em condições próprias para o consumo.

A assessoria da Secretaria de Segurança Pública se posicionou dizendo que a solicitação da mudança é uma demanda interna do órgão, e que provavelmente não foram os únicos a passar pela situação, pois a fornecedora não é exclusiva da SSP.

TNH1