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Voto distrital divide lideranças do cenário político


A comissão parlamentar que discute a reforma política na Câmara dos Deputados já aprovou, por 17 votos a favor e 15 contra, na noite da última quarta-feira, o chamado voto distrital para as eleições do ano que vem. Para entrar em vigor para o pleito de 2018, a medida precisa passar por aprovação em plenário com o voto de no mínimo 308 parlamentares, entre os 513, em dois turnos de votação e ainda por processo semelhante com a maioria no Senado, até o próximo mês de outubro. A questão também foi tema de debate, ontem, na Câmara Municipal de Maceió.

Em Alagoas, diversos deputados estaduais e vereadores aprovam o novo modelo, por considerarem que desta forma serão eleitos os mais votados, ao contrário do atual sistema proporcional, onde os candidatos são escolhidos via coligações partidárias e um “puxador de votos” pode acabar elegendo com ele outro candidato com votação menor que outros concorrentes, pelo fato de disputarem por um mesmo grupo de partidos. A exceção, até então, fica com alguns representantes de partidos de esquerda, que na quarta-feira chegaram a formar uma “frente parlamentar contra o distritão”. PT, PC do B, PSOL, PSD, PDT e partidos da base do governo federal, a exemplo do PR, PRB e PHS fazem parte das siglas a princípio contrárias a medida.

De acordo com o líder da bancada federal de Alagoas na Câmara, deputado Ronaldo Lessa (PDT), é preciso ver quais os caminhos que vão sair da reforma política com um todo, antes de um posicionamento final de representantes do grupo.

“Teoricamente, o PDT sempre achou que o voto distrital não ajudava e enfraquecia os partidos, tese desenvolvida pelos partidos de esquerda. Mas não é uma coisa impossível, dependendo das circunstâncias e das outras modificações com a reforma política, pode até ser uma solução”, afirma Lessa. Ele reforça que nos próximo 30 dias é que a reforma deve de fato deve ser colocada em prática à votação dos parlamentares.


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