Estes números regionais da educação no Brasil podem dificultar que o país alcance as metas assumidas em 2015 nos ODSs (Objetivos de Desenvolvimento sustentável) da ONU (Organização das Nações Unidas).
Segundo a pesquisa, 8% da população brasileira acima de 15 anos é atingida pelo analfabetismo, onde na região Nordeste, a taxa é mais que o dobro da média nacional, que é de 16,2%. Apenas a região Norte, com 9,1%, tem um índice de analfabetos acima da taxa brasileira.
Percentual de analfabetos entre a população de 15 anos ou mais - Brasil e regiões:
Brasil: 8,0%
Nordeste: 16,2%
Norte: 9,1%
Centro-Oeste: 5,7%
Sudeste: 4,3%
Sul: 4,1%
Fonte: IBGE-Pnad
A maior taxa de analfabetismo do país está concentrada em cinco estados do Nordeste. Alagoas lidera a lista chegando a 20% de sua população não alfabetizada acima de 15 anos. Maranhão, Piauí, Ceará e Paraíba completam o ranking dos estados mais mal colocados.
Percentual de analfabetos entre a população de 15 anos - Estados:
Alagoas: 20%
Maranhão: 18,8%
Piauí: 18,2%
Ceará: 17,3%
Paraíba: 17,1%
Fonte: IBGE-Pnad
Ainda de acordo com o estudo, as menores taxas de analfabetismo acima de 15 anos estão no Rio de Janeiro e Distrito Federal, com 3% em ambos. Rio Grande do Sul, São Paulo e Santa Catarina vêm em seguida, com 3,5% cada um.
"O indicador de analfabetismo entre a população maior de 15 anos é capaz de mensurar a população adulta analfabeta, ou seja, aqueles que não foram alfabetizados nem enquanto estavam em idade escolar e/ou posteriormente. Além de adolescentes e jovens que, idealmente, até o final do Ensino Fundamental, ainda não haviam sido devidamente alfabetizados", informa o estudo.
O estudo ainda abrangeu a pesquisa para crianças e adolescentes entra 10 e 17 anos, onde o resultado mostra que, no Norte e Nordeste, o percentual chegou a 5,4%, quase o cobro da média nacional, que é 2,9% e superior às demais regiões. O Centro-Oeste ficou em 1,4%, Sudeste 1,3% e Sul 1%.
Segundo a administradora da Fundação Abrinq Heloisa Oliveira, as desigualdades entre os estados detectadas no estudo podem comprometer o alcance dos resultados estabelecidos pelo pacto da ONU. "Se nada for feito, pode sim comprometer o alcance das metas. Não quer dizer que vai comprometer, porque eventualmente pode se ter uma política e um planejamento que resolvam esses problemas e façam com que a gente avance nesses desafios", disse a administradora.
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