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Ibope confirma forte crescimento de Fernando Haddad


Agora é a nova pesquisa do Ibope. Números divulgados na noite desta terça-feira confirmam a tendência de crescimento do petista Fernando Haddad. Ele se desgarrou do bloco no qual estava embolado com Ciro Gomes, Geraldo Alckmin e Marina Silva. Com 19% das intenções de voto, o ex-prefeito de São Paulo avançou 11 pontos em relação ao Ibope de uma semana atrás.

Jair Bolsonaro oscilou dois pontos e continua firme na liderança com 28%. Firme, pode ser, mas não com capacidade para ampliar seu índice além da casa dos 30% neste primeiro turno. É o que mostra a sucessão de pesquisas ao longo dos meses. Ao contrário do candidato do PSL, Haddad vive momento de aparente avanço no eleitorado, com sinais de que a onda vai continuar em alta.  

E é claro que o êxito na campanha do presidenciável petista se explica em parte pela esperada transferência de votos de Lula para seu escolhido. Parece que veio mais rápido do que se poderia imaginar. Muita gente do próprio PT festeja o que considera um resultado surpreendente, em período tão curto de tempo. O forte desempenho acaba por reforçar a militância e a campanha.

O programa do PT no horário eleitoral na televisão cumpre papel decisivo na missão de tentar eleger Haddad. A coordenação da propaganda parece ter encaixado da melhor maneira o fator Lula nas narrativas apresentadas. A imagem do ex-presidente e o texto em sua voz combinam com a mensagem que se pretende emplacar. Até agora, saiu melhor que a encomenda para o petismo.

Se Bolsonaro segue na mesma, e Haddad comemora a melhor fase em sua campanha, as notícias vão ficando cada vez mais devastadoras para quem, até um dia desses, sonhava com lugar certo no segundo turno. No Ibope que acaba de sair, Ciro estacionou com 11%; Alckmin caiu para 7%, e Marina também recuou, e agora tem 6%. É uma mudança e tanto em relação ao início da corrida. 

Diante desse cenário, as candidaturas de Bolsonaro e de Haddad ficam na mira de uma pancadaria maior.  Ciro e Alckmin têm menos de três semanas para virar o jogo – mas isso hoje está mais no campo das coisas remotas. A pesquisa Ibope reforça a tendência já captada em levantamentos anteriores. Estamos mesmo perto de um segundo turno entre Jair Bolsonaro e Fernando Haddad.

Nada pode ser dado como definitivo, ainda mais numa fase da vida brasileira em que a Constituição é atropelada todo dia. Problema sério é que parte do Judiciário e do Ministério Público tem tudo a ver com esse ataque às leis. Vamos torcer. Na eleição, apesar de tudo e de tantas ressalvas, manda a vontade do eleitor. É o voto direto que muda governo e parlamento. Mudança com legitimidade.

Por: Cada Minuto