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Integrantes de facção criminosa demonstram manipulação para matar, diz investigação

Operação Flash Back prendeu 81 integrantes do PCC em Alagoas e mais sete estados

Operação Flash Back prendeu 81 integrantes do PCC em Alagoas e mais sete estadosOperação Flash Back prendeu 81 integrantes do PCC em Alagoas e mais sete estadosThiago Sampaio
Texto de Vanessa Siqueira
A operação Flash Back, deflagrada nesta quarta-feira (27) em Alagoas e mais sete estados, tem até o momento um saldo de 81 prisões, além da apreensão de celulares, armas e outros materiais que comprovam a participação dos presos em crimes e sua ligação com a facção criminosa PCC. Porém o que mais chamou atenção dos investigadores foi a frieza e a capacidade de manipulação para executar rivais ou integrantes da própria facção que infringiram as regras.
Uma psicóloga, que integrou a equipe investigativa em Alagoas, se debruçou sobre o vasto material colhido durante os sete meses de investigação e destacou indícios da personalidade criminosa dos indivíduos alvo da operação. 
Durante os chamados “julgamentos”, os criminosos mostram destacada capacidade de manipulação, forjando uma falsa empatia para atingir o objetivo que desejam. Frases como “eu entendo” e “eu também já errei”, com alto poder de convencimento para que o julgado relate o que os julgadores esperam, indicam como os criminosos são manipuladores, sempre na intenção de se conseguir o objetivo pretendido.
Para a psicóloga da equipe investigativa, que não terá o nome divulgado, em um momento de execução, a frieza emocional impacta até mesmo o profissional acostumado a lidar com a complexidade humana, pois tais atos apresentam-se num nível tão extraordinário que é similar a quem foi desempenhar uma atividade comum, como ir ao escritório digitar um documento, e posteriormente, passa a falar de coisas banais e fazer brincadeiras.
A especialista destaca ainda que esses indivíduos aparentam ter uma índole e personalidade incompatíveis com qualquer convívio social legal e moral e, portanto, recorrem a regras e normas específicas da facção, cobertas com uma máscara de sociabilidade que se tenta passar por aceitável.
A operação
Fruto de um trabalho conjunto da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSPAL), Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), Ministério Público do Estado de Alagoas, Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas (GNCOC) e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), a operação Flash Back deflagrou operação para cumprir 110 mandados de prisão em Alagoas, Tocantins, Pernambuco, Sergipe, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Paraná.
Deste total, 81 pessoas foram presas, sendo que 49 prisões aconteceram em Alagoas. Durante a coletiva de imprensa, realizada na última quarta-feira (27), o secretário de Estado da Segurança Pública, Lima Junior, destacou a importância da operação, deflagrada em nível nacional, e enalteceu a integração entre as forças policiais e demais órgãos envolvidos na Segurança Púbica.
“Essa mesa representa bem o que é a Segurança Pública, uma integração com todos os órgãos, desprovida de qualquer tipo de vaidade, com o objetivo único de defender a sociedade. São operações como essa que, sem dúvida alguma, enaltecem o trabalho da Inteligência da Segurança Pública, junto com os demais órgãos de inteligência”, afirmou.

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