Anne Karolayne precisou ser intubada durante período de internação. Pais tiveram dificuldades ao buscar atendimento e passaram por sete lugares no período de 6h até chegar no Hospital da Mulher.
Após passar 19 dias internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal e Pediátrica do Hospital da Mulher (HM) em Maceió, a pequena Anne Karolayne, de apenas um mês de vida, conseguiu se recuperar da Covid-19 e recebeu alta nesta quinta-feira (11). Anne chegou a ser intubada e agora a família comemora a volta para casa.
Os pais são da cidade de Messias, distante 37 quilômetros da capital. A bebê nasceu no dia 6 de janeiro de parto cesárea e com 33 semanas de gestação. Com poucos dias após ter recebido alta médica, a criança começou a apresentar cansaço e tosse, sintomas relacionados à Covid-19.
A mãe, Cristine de Paula da Silva, de 33 anos, relatou que os sintomas de Anne pioraram e a criança, já com 16 dias de vida, ficou fraca e com tom de pele azulado, que pode ter sido causado pela falta de oxigênio no sangue. Foi quando os pais buscaram ajuda médica.
Eles tiveram dificuldades em encontrar atendimento e passaram por sete lugares num período de seis horas, até chegar no Hospital da Mulher onde Anne precisou ficar sob ventilação não-invasiva. Essa modalidade, conhecida como VNI, consiste em um método para ajudar na respiração do paciente, através de aparelhos que não são introduzidos no sistema respiratório.
Segundo a pediatra da UTI Neonatal do HM, Crisandra Fonseca, após 48 horas de internamento, o quadro de saúde da criança piorou e ela precisou ser intubada.
“Anne chegou estável, ficou com o suporte de oxigênio, mas, depois de 48 horas, o seu aparelho respiratório começou a apresentar dificuldade, fazendo com que a equipe multidisciplinar optasse pela intubação, a fim de salvar a vida dela. Ela foi uma grande guerreira durante todos esses dias. Ficamos felizes por ela ter vencido essa batalha”, comemorou a médica.
A fisioterapeuta Anália Maria Cavalcante explicou que a menina desenvolveu um quadro muito comum nos adultos, a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), onde o pulmão dela ficou totalmente infiltrado. A bebê se recuperou sem apresentar sequelas.
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