Alagoas perderá 1% do PIB e 17% do ICMS com feriados

Setores de comércio, serviço e indústrias são os que mais sofrem; previsão para 2014 é de perda de R$ 277 milhões

As perdas ocasionadas pelos feriados nacionais e estaduais podem gerar prejuízo de R$ 277 milhões ao Estado de Alagoas em 2014, de acordo com levantamento do Sistema FIRJAN, que desenvolve estudos, pesquisas e projetos na área de indústria e investimentos nos Estados. Segundo o economista Francisco Rosário, a “perda milionária” para Alagoas corresponde a perda anual de 1% do PIB do Estado. “É um dado preocupante, principalmente porque quem mais perde com tantos feriados são os setores de comércio, serviço e as indústrias”, destaca o economista.
Outro prejuízo recorrente em um ano com muitos feriados, e em 2014 também com os feriados ocasionados pela Copa do Mundo, é a redução do recolhimento de impostos. Sem o valor faturado do comércio e serviços, estima-se que o Estado deixe de recolher 17% do ICMS previsto para um ano.
Rosário explica que o prejuízo de 1% do PIB é gerado principalmente pelas paradas no comércio que, com os feriados, tem um dia a menos na circulação de renda, gerando “efeito dominó”, inclusive, para fornecedores e credores de aluguel e energia. A perda também se dá por conta da parada de prestação de serviços, inclusive no setor público. “O setor público para, mas a população precisa ser atendida. Mas um dia a menos de serviços gerados passam a render prejuízos a população”, complementa o economista, revelando que 60% do PIB Alagoano está diretamente relacionado à renda gerada pelo setor de serviços. No entanto, parte das perdas no setor de serviços é balanceada pelo incremento no setor de hotelaria e restaurantes, movimentado por feriados e férias.
Em relação ao setor industrial, Rosário também contabiliza nas perdas a redução da atividade nas pequenas empresas, que reduzem a produção. “Mas isto não chega a ter um impacto tão significativo na economia, já que a maior indústria química do Estado, a Braskem, tem serviços contínuos”, complementa o economista.
DATAS
A paralisação excessiva da atividade econômica gerada pelos feriados será maior em 2014 porque 30 dos 44 feriados estaduais cairão em dia útil, seis a mais do que no ano passado. Dos feriados nacionais, oito de 12 ocorrem em dia de semana, originando pontos facultativos ou a prática de “enforcamentos”. É o caso, por exemplo, do Dia do Trabalho (1º de maio, quinta-feira) e Corpus Christi (19 de junho, quinta). Os feriados da Independência do Brasil (7 de setembro), Nossa Sra.Aparecida (12 de outubro), Finados (2 de novembro) e Proclamação da República (15 de novembro) caem no fim de semana. Além dos feriados ocasionais, os a Copa do Mundo deve paralisar atividades em ao menos meio horário nos dias de jogos do Brasil. 
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